Agentes também vão apurar a negociação para compra de uma refinaria no Texas, que rendeu à estatal prejuízo de US$ 1 bilhão
A Polícia Federal abriu, na terça-feira, inquérito para investigar denúncias de pagamento de propina a funcionários e intermediários da estatal por funcionários da empresa holandesa SBM Offshore, a maior fabricante de plataformas marítimas de exploração de petróleo do mundo.
Uma investigação interna da SBM apontou que servidores da companhia brasileira teriam recebido pelo menos 30 milhões de dólares para favorecer contratos com a holandesa.
Os agentes federais vão apurar, ainda, as negociações envolvendo a compra e venda da refinaria da Petrobras em Pasadena, no Texas, que provocou um prejuízo de um bilhão de dólares aos cofres da estatal.
A companhia até hoje não conseguiu explicar o que a levou a investir 1,2 bilhão de dólares em uma refinaria pequena, ultrapassada e sem condições de processar o petróleo extraído na costa brasileira, que não vale 15% disso.
O caso, revelado por VEJA em 2012, está sob análise do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público, que investigam suspeitas de superfaturamento.
O esquema de corrupção no Brasil, de acordo com a investigação interna da SBM, era comandado pelo empresário Julio Faerman, um dos mais influentes lobistas do setor e dono das empresas Faercom e Oildrive.
Ele assinava contratos de consultoria com a SBM que serviam para repassar o dinheiro de propina para diretores da Petrobras.
Essas consultorias previam o pagamento de uma “comissão” de 3% do valor dos contratos celebrados entre a SBM e a Petrobras — 1% era destinado a Faerman e 2% a diretores da petrolífera brasileira.
Embora a denúncia sobre o contrato com a empresa holandesa seja conhecida desde outubro de 2013, a PF instaurou o inquérito somente nesta semana, após a Câmara dos Deputados criar uma comissão externa para acompanhar as investigações na Holanda.
A comissão da Câmara deve ser controlada pelo PMDB, segundo maior partido da base aliada ao governo, que está em crise com o governo da presidente Dilma Rousseff por não ter interesses atendidos pelo Palácio do Planalto.
Ao entrar no caso, a PF, subordinada ao Ministério da Justiça, terá acesso aos dados da investigação.
13 de março de 2014
Veja
Presidente da Petrobras Maria das Graças Silva Foster (Marcelo Sayão/EFE)
Uma investigação interna da SBM apontou que servidores da companhia brasileira teriam recebido pelo menos 30 milhões de dólares para favorecer contratos com a holandesa.
Os agentes federais vão apurar, ainda, as negociações envolvendo a compra e venda da refinaria da Petrobras em Pasadena, no Texas, que provocou um prejuízo de um bilhão de dólares aos cofres da estatal.
A companhia até hoje não conseguiu explicar o que a levou a investir 1,2 bilhão de dólares em uma refinaria pequena, ultrapassada e sem condições de processar o petróleo extraído na costa brasileira, que não vale 15% disso.
O caso, revelado por VEJA em 2012, está sob análise do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público, que investigam suspeitas de superfaturamento.
O esquema de corrupção no Brasil, de acordo com a investigação interna da SBM, era comandado pelo empresário Julio Faerman, um dos mais influentes lobistas do setor e dono das empresas Faercom e Oildrive.
Ele assinava contratos de consultoria com a SBM que serviam para repassar o dinheiro de propina para diretores da Petrobras.
Essas consultorias previam o pagamento de uma “comissão” de 3% do valor dos contratos celebrados entre a SBM e a Petrobras — 1% era destinado a Faerman e 2% a diretores da petrolífera brasileira.
Embora a denúncia sobre o contrato com a empresa holandesa seja conhecida desde outubro de 2013, a PF instaurou o inquérito somente nesta semana, após a Câmara dos Deputados criar uma comissão externa para acompanhar as investigações na Holanda.
A comissão da Câmara deve ser controlada pelo PMDB, segundo maior partido da base aliada ao governo, que está em crise com o governo da presidente Dilma Rousseff por não ter interesses atendidos pelo Palácio do Planalto.
Ao entrar no caso, a PF, subordinada ao Ministério da Justiça, terá acesso aos dados da investigação.
13 de março de 2014
Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário