Quebra-cabeças – Cresce cada vez mais entre os integrantes da bancada do PT na Câmara dos Deputados o movimento “Volta Lula”, que ganhou força no rastro da rebelião da base aliada, ancorada pelo PMDB. Isso mostra que o descontentamento dos parlamentares com o Palácio do Planalto não é exclusividade dos aliados, tendo alcançado também o grupo petista. Sinal de que nem tudo caminha às mil maravilhas com o Legislativo, como afirmam os palacianos.
Lula, que há meses negava a possibilidade de concorrer à Presidência da República mais uma vez, agora admite que está pronto para a empreitada, desde que sua decisão não provoque mágoas na presidente Dilma Rousseff. O coro para o retorno do ex-metalúrgico é mais uma prova cabal de que a relação do Planalto com o Congresso Nacional está por um fio, situação que ratifica a incompetência conhecida de Ideli Salvatti e Aloizio Mercadante, responsáveis pela articulação política do desgoverno petista.
A grande questão dessa queda de braço, que parece sem fim, está muito além de mais e melhores cargos para o PMDB. O partido percebeu tardiamente que uma nova vitória do PT nas urnas presidenciais representará um grande passo rumo ao totalitarismo, modelo que faria com que o Brasil se transformasse, de fato, em reduto de apenas um partido político. Isso não significa que os demais partidos deixariam de existir, mas estariam debaixo de um cabresto ditatorial comandado pelo PT.
O trunfo do PMDB para que isso não ocorra tão cedo está nas alianças estaduais. Um dos maiores partidos políticos do País, o PMDB representa para o PT não a garantia de votos, mas uma dose extra e generosa de tempo na televisão e no rádio, o que funciona como ferramenta de persuasão do eleitorado.
A situação é tão crítica em Brasília, que em alguns estados da federação, em especial nos mais importantes, o PMDB pode se aliar aos partidos que fazem oposição ao PT na esfera federal. É o caso de São Paulo, onde tucanos e peemedebistas têm conversado com frequência para avaliar a possibilidade de uma aliança com vista à corrida ao Palácio dos Bandeirantes.
Como sabem os leitores, o projeto totalitarista do PT passa obrigatoriamente por São Paulo, estado que garantiria ao partido um avanço considerável no plano de transformar o Brasil em uma versão agigantada da vizinha e corroída Venezuela. Para conter essa marcha totalitarista da esquerda nacional algumas alianças estão sendo costuradas nos bastidores dos estados.
E não causará surpresa se Paulo Skaf, presidente da poderosa Fiesp e candidato do PMDB ao governo paulista, acabar como candidato a vice na chapa do governo Geraldo Alckmin, que outubro próximo tentará a reeleição.
13 de março de 2014
ucho.info
Nenhum comentário:
Postar um comentário