Sinal de alerta – Em encontro realizado na manhã de terça-feira (11), em Brasília, a Executiva Nacional do PPS avaliou como crítico o quadro político-administrativo do governo da presidente Dilma Rousseff.
Ao debater a conjuntura política, integrantes do partido observaram que a crise envolve aspectos administrativos, principalmente no campo da economia, o que se soma à falta de articulação política com o seu principal aliado, o PMDB.
“Nós temos uma crise real. E já há ruptura em alguns estados (entre PMDB e PT). Não estamos só olhando, estamos participando do processo e o dado importante é que estamos discutindo, neste contexto, o papel das oposições”, disse Roberto Freire, presidente nacional do PPS.
Já o líder da bancada, Rubens Bueno (PR), enfatizou o papel do partido que tem procurado legendas na Câmara que participaram da eleição de Dilma, mas que tem atuado no campo da oposição. Ele citou a articulação para aprovar requerimento que cria comissão externa para investigar a denúncia de pagamento de propina a dirigentes da Petrobras por uma empresa holandesa.
A pedido para criação da comissão se baseia em reportagens publicadas pela imprensa, segundo as quais a SMB Offshore seria investigada por autoridades da Holanda, da Inglaterra e pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos desde 2012. A suspeita é que um ex-funcionário da empresa teria pago R$ 250 milhões em propinas, dos quais US$ 139 milhões para intermediários e funcionários da estatal brasileira.
“Nosso partido tem feito tratativas porque sabe que há um nó na relação entre o Palácio do Planalto e sua base. Se esse nó vai ser desatado, ainda não sabemos. O certo é que a bancada está firme para investigar a Petrobras e se pudermos contabilizar o apoio de setores governistas será melhor ainda”, disse Bueno.
No campo da economia, Arnaldo Jardim disse acreditar num agravamento do quadro que, segundo ele, atingirá o governo do PT.
“A crise econômica vai se acirrar. Como nos comportar? Podemos manter princípios da macroeconomia com prioridade para o controle da inflação e a austeridade fiscal, pois precisamos ter a credibilidade junto à população”, afirmou.
O dirigente Adão Cândido disse que a presidente da República tem dado respostas erradas ao tentar resolver a crise política que envolve o governo dela.
“Quando ela se mete, a crise se agrava”, acrescentou.
A ex-vereadora Soninha Francine mostrou preocupação com a organização da Copa do Mundo de Futebol, que será realizada em junho no Brasil. Disse que os problemas de infraestrutura estão à mostra e que nem veículos de comunicação que têm interesses na competição conseguem mais esconder as falhas do governo brasileiro neste campo.
O tema também foi alvo de comentários do vereador do Recife, Raul Jungmann. “Estamos partindo para criar um desastre de Copa. Dilma vai botar o Exército para ser frontline contra a população civil”, disse
13 de março de 2014
ucho.info
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