RIO – Numa parede do prédio onde mora o tatuador Fábio Raposo Barbosa, de 22 anos, preso e indiciado por envolvimento na explosão do rojão que atingiu o cinegrafista Santiago Andrade durante protesto na última quinta-feira no Rio, estão pichadas as frases “black bloc” e “fuck the police”, segundo o delegado Maurício Luciano de Almeida e Silva, que investiga o caso.
Foram apreendidos três telefones celulares, a memória do computador de Barbosa e a bermuda e a camiseta que ele usava durante o protesto. A polícia vai pedir a quebra de sigilo dos aparelhos para avançar na investigação.
Segundo o delegado, caso Barbosa integre alguma organização e fique provado que já praticou atos em conjunto com esse grupo, o tatuador pode ser enquadrado também pelo crime de organização criminosa.
O perfil de Barbosa na rede social Facebook foi desativada antes de sua prisão, mas uma equipe especializada da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) tenta recuperar a página.
O delegado confirmou que o advogado de Raposo está tentando convencê-lo a aderir à delação premiada. Nesse caso, ele prestaria informações sobre o suspeito de detonar o rojão por vantagens como a atenuação de uma futura pena ou mesmo a revogação da prisão temporária pela Justiça.
A prisão temporária foi ordenada por 30 dias, prorrogáveis por mais 30.
Segundo a polícia, o tatuador continua resistente a prestar informações e está temeroso por conta das ameaças recebidas em telefonemas anônimos de pessoas que exigiram que ele assumisse sozinho a culpa pelo episódio. A polícia vai investigar essas ameaças. A polícia acredita que os dois suspeitos se conheciam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário