A violência tem como principal origem, a falta de oportunidades para a elevada legião de brasileiros esfomeados. Este cenário foi ornamentado pelos sucessivos governos que se tornaram coniventes (quando não era o mentor) com os altos desvios que poderiam ser usados para abrir-lhes portas.
Nos últimos 25 anos temos centenas de escândalos sem punição dos culpados (conhecidos) e sem o retorno dos valores aos cofres. A impunidade serve como balizadora de atitudes de nossos jovens. As redes de tv se quiserem usar 10% de seu tempo diário em defesa da cidadania, com seu alto poder de penetração, podem inserir uns 10 flashes de 3 minutos ao longo do dia para nos despertar da insônia que nos tolhe os movimentos em busca da dignidade que nos permitiria crescer como nação, começando assim:
"Estamos fartos das impunidades que alimentam a violência no país. Que destinos tiveram os culpados e os valores desviados do escândalo XXX?" – seguido de um resumo dos fatos desde a denúncia do mesmo e a posição do processo na vara onde tramita com adequada lentidão.
XXX seria alterado a cada intervalo: temos uma lista de mais de 300 (estou sendo modesto) fatos: SIVAM, pasta rosa (não a da limpeza), SUDENE, ferrovia norte-sul, transamazônica, canal da maternidade, guarda-chuvas, anões do orçamento, Haspa, Cacciola, apoio aos bancos falidos (Marka e outros), Lalau, Coroa-Brastel, compra de votos, quentinhas de presídios, violação do painel do Senado, mensalão, sanguessuga, remédios vencidos, metrô de SP, estádios para copa de 2014, etc.
Mas não exercem este papel saneador de cobrança, pois muitos dos envolvidos são seus patrocinadores. Algo similar com muitos bancos, que sabem que “quebram” se donos de fortunas escusas tiverem seus bens confiscados pela Justiça e não puderem efetuar aplicações financeiras com seus montantes suspeitos.
Concluímos que as autoridades(?) se submetem a assinar medidas lesivas ao povo por estarem comprometidas com os patrocinadores de suas campanhas eleitorais e não terem moral para agir com honestidade nem terem hombridade para renunciar ao cargo que ocupam no cenário de lama que nos afoga.
09 de fevereiro de 2014
Haroldo P. Barboza é Professor, Autor dos livros: Brinque e cresça feliz / Sinuca de bico na cuca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário