Dívidas de construtoras com bancos podem indicar que crise imobiliária já está instalada no Brasil
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
“A crise imobiliária já está instalada. Até as construtoras estão devendo dinheiro para os bancos. Todas as crises financeiras começam com crises imobiliárias e não adianta dizer que dessa vez é diferente". A constatação é do professor de Finanças da Fundação Getúlio Vargas, Luís Carlos Ewald. Mais conhecido como "Sr. Dinheiro", prevê que o preço dos imóveis, hoje nas alturas, deve cair a partir do meio do ano. Só quem prefere não acreditar nisto é o setor de construção civil. Os bancos, que lucram com o negócio, também são puro otimismo, e não revelam o tamanho das dívidas. Oficialmente, nega-se a existência de uma bolha imobiliária no Brasil.
O mundo real, no entanto, desmente a versão mais otimista do setor – que tem 115 fundos imobiliários listados na BM&F Bovespa. O crédito imobiliário representa cerca de 8% do PIB brasileiro. O “Sr Dinheiro”, especialista em economia familiar, constata que os bancos estão cheios de imóveis residenciais caríssimos, devolvidos por quem não conseguiu pagar os financiamentos a juros altíssimos – situação que se agrava com a tendência de alta da taxa básica de juros pelo Banco Central do Brasil. Segundo Ewald, o mesmo fenômeno impacta os imóveis para uso comercial. Nada menos que 30% dos espaços comerciais estão vazios, ociosos.
Em entrevista à revista Época Negócios, Luís Carlos Ewald garante que grande parte das pessoas que compraram imóveis na planta está devolvendo os apartamentos. “A pessoa que recebeu as chaves e precisa financiar o que restou, vai perceber que as prestações vão ficar muito caras - a Taxa Selic está muito alta. Sem condições, ela vai querer vender o imóvel para a construtora, que não vai querer comprar. Ainda que a pessoa faça um desconto, as construtoras vão continuar não querendo. Os bancos estão cheios de imóveis devolvidos”.
Luís Carlos Ewald recorda que, quatro anos atrás, com a queda nos juros, com dinheiro sobrando pelos sucessivos lucros recordes, os bancos resolveram facilitar a contratação de empréstimo imobiliário. Só em 2013, foram R$ 109,2 bilhões liberados para compra e construção de imóveis – segundo a Associação Brasileira das Entidades de crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em 2012, foram R$ 82,8 bilhões emprestados – principalmente para incorporação e construção. Só entre janeiro e dezembro de 2013, foram financiados 529.800 imóveis.
Ewald explica que, com a alta procura, os preços dos imóveis se valorizaram depressa. De 2008 a 2013, o valor médio dos imóveis subiu 121,6% no Brasil. O Sr Dinheiro constata que, a partir de agora, com a taxa de juros subindo, pegar dinheiro emprestado é um negócio desaconselhável. Na previsão do especialista, muita gente não conseguirá arcar com o financiamento dos imóveis. Assim, com a oferta maior, os preços tendem a cair. Por enquanto, segundo dados de dezembro da Abecip, a inadimplência na carteira de crédito imobiliário é de apenas 1,8%. Menos que os 4% do cheque especial, 5,3% do financiamento de veículos e 8,1% no cheque especial.
O fundo imobiliário é um investimento de longo prazo, apostando na valorização futura do mercado. Existem três modalidades. Fundos de investimento em títulos imobiliários oferecem menor risco. Fundos de renda de aluguel tem risco médio, mas dependem sempre da ocupação dos imóveis. E o fundo de desenvolvimento imobiliário depende do lucro na venda do imóvel quando a obra é entregue. No Brasil, existem mais de 100 mil cotistas destes fundos.
Previsão sombria
Recado do professor Luís Carlos Ewald, conhecido como Sr. Dinheiro, à revista Época Negócios:
“Todo mundo diz que a Copa vai ser muito boa para o Brasil. Mas depois que o evento passar, não haverá mais investidores no país, pois estão todos com medo”.
Ewald recomenda que não se compre imóvel ou veículo até o meio do ano de 2014, deixando para fazer isso depois da Copa da Fifa ou no ano que vem, quando os preços vão baixar.
Resposta necessária
Que o PTitanic vai afundar, não há dúvida.
Mas é preciso definir o que restará boiando do naufrágio:
Cidadãos de bem, dispostos a construir um Brasil de verdade?
Ou um monte de merda que só vai agravar a poluição do cenário político e econômico?
Releia o artigo de ontem: O dilema escatológico do Brasil Capimunista
Nome aos bois, no Roda Viva?
Será que no Roda Vida desta segunda-feira à noite o delegado aposentado Romeu Tuma Júnior vai dar detalhes sobre a verdadeira relação entre o Grupo JBS Friboi e Luiz Inácio Lula da Silva?
Será que Tuminha também fará revelações inéditas sobre a colaboração que o então sindicalista Lula – com o codinome de Barba ou Boi – dava ao aparelho de inteligência do Departamento da Ordem Política e Social para a repressão da esquerda sindical?
Será que o jornalista Augusto Nunes conseguirá cumprir a promessa de que o programa não sofrerá censura, e todas as perguntas poderão ser feitas e respondidas livremente?
Cabra Marcado
Todo mundo é um cabra marcado para morrer – mas não da forma estúpida como foi assassinado ontem, a facadas, o cineasta Eduardo Coutinho, vítima do próprio filho esquizofrênico.
Aliás, a melhor homenagem que o cinema pode prestar a um dos melhores documentaristas do Brasil é produzir, urgentemente, um documentário sobre o tema esquizofrenia.
Geralmente mascarada pelas famílias, a doença, combinada com vícios em droga e álcool, faz muitas vítimas todos os dias.
Mas as mortes produzidas pelos esquizofrênicos só entram nas estatísticas de crimes violentos e ganham o noticiário quando o morto tem fama...
Problema matemático
Batendo no Barbosão
Bem Mal
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
03 de fevereiro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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