"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

TEMOR SOBRE ECONOMIA GLOBAL REVIVE COM QUEDA DE MOEDAS EMERGENTES


Desvalorização de divisas reacende discussão sobre crise financeira similar às dos anos 1990

Na Turquia, BC faz reunião hoje, uma semana depois de encontro em que manteve taxa de juros

Os mercados emergentes foram castigados pelo terceiro pregão seguido, em um misto de problemas internos de vários desses países, preocupações com a economia chinesa e expectativa sobre o corte de estímulos pelos EUA.
 
O real não passou incólume e se desvalorizou pela quinta sessão consecutiva ante o dólar (a divisa dos EUA subiu 0,76%), a R$ 2,42, patamar que não era visto desde 22 de agosto do ano passado, quando o Banco Central anunciou que faria leilões diários para frear a alta da moeda norte-americana.
 
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa local, recuou 0,18%, terceiro dia de queda.
 
Com a economia chinesa dando sinais de fraqueza e as dúvidas sobre o ritmo do corte de estímulos que o BC dos EUA adotará nesta semana, aumentou a preocupação dos investidores sobre os países emergentes, especialmente aqueles que são dependentes de financiamento externo.
 
Problemas recentes na Argentina, na Tailândia e na Ucrânia elevaram os temores de um contágio financeiro, revivendo as crises financeiras do fim dos anos 1990.
 
"Nós já vimos esse filme", afirmou Dominic Rossi, executivo do fundo Fidelity, com sede em Cingapura. "Um emergente após o outro fica encalhado na praia quando a maré baixa. Os mais fracos, Argentina e Turquia, primeiro, seguido por Brasil, Rússia e outros", completou.
 
A visão do analista, porém, não é consenso. "Ainda não é certo falar em uma crise financeira varrendo os países emergentes", disse Julian Jessop, da Capital Economics
 
Um desses países, a Turquia chegou a ver a sua moeda cair pela 11ª sessão seguida, antes de o BC local anunciar uma reunião de emergência para hoje "para tomar as medidas necessárias visando a estabilidade de preços" --um indicador de que vai subir os juros. O BC turco se reuniu na semana passada e deixou inalterada a taxa.
 
Em meio a um escândalo de corrupção, o governo do premiê Recep Tayyip Erdogan já manifestou mais de uma vez ser contra o aumento da taxa de juros --o país tem eleição neste ano.
 
A Turquia tem reservas limitadas e deficit em conta-corrente, que precisa ser financiado com empréstimos de curto prazo. Ou seja, precisa manter a confiança do investidor internacional.
 
Na semana passada, o país vendeu títulos de dez anos pagando ao investidor retorno de 5,85%. No ano passado, uma emissão similar pagou 3,47%.
 
O caso turco é um exemplo das dificuldades que os bancos centrais de países emergentes têm para manter (ou acelerar) o ritmo de crescimento das suas economias, ao mesmo tempo em que buscam controlar as pressões inflacionárias.
 
Na África do Sul, pressionada para elevar os juros por causa do aumento dos preços, a moeda local, o rand, atingiu o menor nível desde outubro de 2008.

28 de janeiro de 2014
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário