Hoje eu
vou descrever uma tática argumentativa que certos colunistas (claro,
esquerdistas, como sempre) vêm fazendo ultimamente, que vou chamar aqui de
“metendo o pé na porta”. Como funciona: o sujeito chega impondo um ponto de
vista e já vai logo afirmando que quem discordar dele é um cretino que merece
ser morto, preso ou coisa parecida.
Lembro-me
de um artigo de Ricardo Setti, intitulado “Obama
acaba com a palhaçada dos que duvidavam de sua nacionalidade e divulga certidão
de nascimento” onde começa disparando nestes termos: “Amigos, acabou a
palhaçada cada vez mais barulhenta que vinham fazendo os chamados
birthers, cretinos fundamentais que duvidavam que o presidente Barack
Obama fosse nascido nos Estados Unidos” (Os grifos são meus).
Este
texto serviu de base para o meu artigo, “Perdeu
a chance de ficar quieto”, onde demonstrei claramente ao Sr. Setti que os
birthers têm bons motivos para desconfiar da nacionalidade do presidente Obama,
que, segundo as últimas revelações publicadas sobre ele por mim, indicam que tem
registro de cidadania britânica, eis que nasceu no Quênia ainda na época
colonial.
Qual a
reação daquele que chamou as pessoas de palhaços e cretinos? Ficou melindrado e
disse ter se sentido ofendido porque eu escrevi o
seguinte:
“Se eu
fosse o proprietário da quarta (salvo engano) maior revista de informação do
mundo e lesse uma besteira destas, eu dispararia imediatamente à redação para
puxá-lo arrastado pelo chão dos corredores, à vista de todos, até alcançar a
porta da frente e de lá arremessá-lo rumo à calçada com um bom pontapé. E tenham
a certeza, eu faria isto muito menos pelo seu farisaísmo do que por seu
primarismo jornalístico”.
Ahh, esta
exposição me fez puxar da minha gaveta mental o caso de um farisaico professor
de uma universidade fluminense que faz pose de defensor dos direitos humanos e
das mulheres e não fez nada menos do que incitar o estupro da jornalista Raquel
Sheherazade, por suas opiniões conservadoras. Como é mesmo o nome dele? Opa, é
Paulo Ghiraldelli. O colunista Felipe Moura Brasil nos
revelou o caso e que não é a primeira deste
psicopata.
Enfim
amigos, este intróito vem para demonstrar como o desavisado que lê o
eloquentíssimo fica meio que intimidado pela ostensiva agressividade, tomando-a
como a fúria legítima de um pensador honesto que está de saco cheio com
tudo-isto-que-está aí. A tática muitas vezes funciona – especialmente em cima
das mentes mais frívolas - porque põe em alerta o lado emotivo dessas pessoas e
joga-as na guerra de aceitação de grupo.
É nesta
hora que uma pessoa consciente dos seus valores não se entrega e desmascara o
impostor, usando do seu bom-senso e independência.
Refiro-me,
desta vez, ao recente artigo do colunista Jânio de Freitas, denominado “Tiro
na democracia”, pelo qual o colunista mete o pé na porta afirmando que
policiais usarem armas de fogo em manifestações públicas é uma truculência
típica das ditaduras, entre outras sandices tais que, fossem ditas em um momento
onde o bom-senso ainda prevalecesse, teriam-no arremessado pela janela de sua
redação em direção à sarjeta!
Ora
bolas, se em momentos de relativa normalidade os policiais têm de portar armas –
tanto para a legítima defesa quanto para o estrito cumprimento da lei – quanto
mais não haverá necessidade para momentos turbulentos como os que temos
assistido que se agravam em violência a cada vez que ocorrem? Vejam que mesmo a
Grã-Bretanha, um país cuja ordem institucional está muito acima da nossa, já
desistiu da sua polícia desarmada de antanho.
O que faz
um manifestante investir contra um policial com um canivete ou uma chapa de aço
parecer pacífica? O que faz de sujeitos mascarados armados com bombas caseiras,
bolinhas de gude e pesadas chaves de grifo cidadãos ordeiros em ato de manso
protesto? O que garante uma legitimidade a priori a meliantes que
incendeiam ou tentam incendiar postos de gasolina e veículos com pessoas no
interior, ou que depredam e saqueiam bancos e lojas?
Agora
prestem atenção a esses dois trechos que destaco:
“Essa prática é uma transgressão ao Estado de
Direito e como tal pode ser tratada, por meio de impeachment”, e
“Sua desnecessidade em tal situação está
atestada na prática: a mais eficiente contenção da arruaça violenta, no Rio, foi
obtida na última grande "manifestação" – com a PM desprovida de arma
fogo”.
Vocês já
notaram que certos colunistas nunca se referem às vítimas destes "pacíficos"
manifestantes para defendê-las? Eu sugiro que o Sr. Jânio de Freitas diga isto à
família que quase morreu carbonizada no fusca queimado por seus
pimpolhos!
Vejam
senhores leitores, que o que este articulista pretende ao entrar no salão
metendo o pé na porta e dizer que ali não há homem pra ele: usar o blefe de sua
indignação raivosa para fazer o jogo da propaganda política contra o governo do
PSDB em São Paulo e tecer loas à administração aliada do PT no Rio de Janeiro.
Êta filminho rodado! Porém, basta olharmos pra quem está entrando para
constatarmos que não passa de um anãozinho... no caso da metáfora, um anão moral.
Oras, a
segurança pública paulista dá de dez a zero na fluminense, e este homem vem
desacreditá-la contra todas as estatísticas? O jornalista Jânio de Freitas não
pretende defender a democracia, mas sim asfixiá-la, com sua tara ideológica, a
mesma que, sim, não hesita em atirar a esmo contra manifestantes realmente
ordeiros e pacíficos, como aconteceu na Venezuela de Hugo Chaves e na China
durante os protestos da praça de Tiananmen.
O uso da
força policial – que inclui o criterioso e honesto uso das armas de fogo, salva
vidas e patrimônios. Quem já comparece armado a tais eventos, seja com estiletes
ou bombas caseiras, já demonstra estar predisposto ao uso da
violência.
O que
este colunista pretende é demonizar a PM de São Paulo por um caso em que
policiais defenderam a vida de um colega contra um aprendiz de terrorista,
tomando este caso como se fosse uma investida de policiais ofensivamente
atirando a esmo contra uma população ordeira e indefesa. Nada mais canalha! Nada
mais covarde e tendencioso!
O que
todos precisamos fazer, prestem tenção, caros leitores, é incentivar os
policiais ao uso da força legítima contra os desordeiros e bandidos.
Policiais
são seres humanos que expõem-se ao perigo diariamente e estão se sentindo
fragilizados e inseguros por jornalistas de mau caráter como este Jânio de
Freitas.
Não tenham a vergonha, portanto, de dar um bom dia a um policial e
oferecer a ele sua aprovação à iniciativa e à bravura. Vocês não imaginam o
poder e a energia que estarão transferindo para os corações desses homens e
mulheres! Façam-nos se sentir apreciados e valorizados e verão que a sua atuação
contra o terrorismo – terrorismo, sim! – vai ser cada vez mais
eficaz!
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