"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

TOFFOLI PENSE O QUE QUISER, SÓ NÃO VALE NOS ILUDIR

 

Dias Toffoli tem o direito de pensar o que quiser. Mas acho que não deveria tentar nos iludir. Citando uma reportagem do G1, demonstra que o PT — que o fez ministro do Supremo — é o partido que mais obteve financiamento de empresas na eleição passada. Com isso, pretende o quê:

a) criar a impressão de que o fim do financiamento privado não é do interesse do partido;

b) chamar a atenção para o fato de que ele, Toffoli, não está dando um voto no melhor interesse de quem o nomeou — é um dado objetivo; não é questão de gosto.
Ocorre que:

c) o PT patrocina hoje a emenda que institui o financiamento público de campanha;

d) é o partido que mais recebeu doação de empresas porque está no poder; é o usual, diga-se.
 
Acontece que, com a legislação atual, as demais siglas têm a chance de se financiar. Se e quando vier o financiamento público, estarão limitadas ao desempenho na eleição anterior. Logo, o partido que hoje está na frente conservará essa vantagem.
 
13 de dezembro de 2013
Reinaldo Azevedo

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