Na vida, aprendi que tudo – pessoas, empresas, governos, nações – tem virtudes e imperfeições. Aprendi também que as virtudes e as imperfeições dos outros refletem mais nossa visão da vida e nossa escala de valores do que a realidade dos fatos.
O outro é imperfeito quando penso que ele não é do jeito que eu gostaria que ele fosse. Muitas vezes, o outro é apenas diferente de minha forma de pensar.
O grande filósofo Arthur Schopenhauer dizia que a realidade exterior não existe como fato em si, mas é uma apreensão de nosso próprio interior em relação ao mundo externo a nós.
Discussões à parte, quero referir-me à visão das pessoas sobre os Estados Unidos, especialmente depois que Obama saiu espionando o mundo, inclusive o Brasil e a presidente Dilma. As reações antiamericanas foram de vasta proporção, colocando mais pimenta nesse esporte preferido dos adversários do capitalismo: o antiamericanismo.
Algumas coisas precisam ser lembradas. Primeiro, é necessário distinguir os Estados Unidos (o país) de seu presidente. Segundo, os males e as virtudes do país devem ser julgados com base numa escala de valores. E aí a coisa se complica, pois cada pessoa tem sua própria escala de valores. Por exemplo, para quem não valoriza a liberdade individual, os Estados Unidos não são um exemplo a seguir. Mas, para quem tem a liberdade como valor essencial, a nação americana é digna de admiração.
Posso fazer uma lista de vários aspectos dos Estados Unidos dos quais não gosto nem um pouco. Abomino certas faces do comportamento deles. Mas também admiro e reconheço os enormes méritos do país, como a extensa lista de invenções e de tecnologias em favor da humanidade e seu sistema baseado na garantia do direito de propriedade, na liberdade de iniciativa e nos direitos individuais. O desenvolvimento norte-americano se deveu às virtudes políticas, econômicas e sociais de seu povo.
No caso de Obama, trata-se de um esquerdista, agora criticado por segmentos da esquerda mundial por ter feito algo horrível: a espionagem ilegal de países, pessoas e empresas, inclusive com espionagem industrial – portanto, ilegal –, como no caso da Petrobras. A espionagem militar, como parte da doutrina da defesa nacional, é legítima e muitos países a praticam, inclusive o Brasil. Mas o que Obama fez é inaceitável e tem lances de crime, pois pode significar furto de informações estratégicas para a Petrobras e para o Brasil.
O país Estados Unidos tem sido muito melhor que seus presidentes. Isso me lembra Warren Buffet, o grande investidor. Ao examinar uma empresa para comprar, ele disse: “Gosto da empresa que seja tão boa a ponto de ter sucesso mesmo sendo dirigida por um idiota, porque mais cedo ou mais tarde algum idiota a dirigirá”. Os fundadores da pátria nos Estados Unidos desconfiavam da nobreza dos políticos e montaram um sistema imune a dirigentes idiotas.
Se fosse Bush a ser pego fazendo o que Obama fez, ele seria execrado como um monstro mundial. Mas Obama, esquerdista, é criticado suavemente. O ato em si é deplorável, tenha sido levado adiante por um presidente liberal ou socialista, pouco importa.
A humanidade deve muito aos Estados Unidos da América do Norte, por sua contribuição para a ciência, a tecnologia e o progresso material. Mas, também lá, os políticos no poder se esmeram em praticar atos deploráveis sob qualquer ponto de vista.
Discussões à parte, quero referir-me à visão das pessoas sobre os Estados Unidos, especialmente depois que Obama saiu espionando o mundo, inclusive o Brasil e a presidente Dilma. As reações antiamericanas foram de vasta proporção, colocando mais pimenta nesse esporte preferido dos adversários do capitalismo: o antiamericanismo.
Algumas coisas precisam ser lembradas. Primeiro, é necessário distinguir os Estados Unidos (o país) de seu presidente. Segundo, os males e as virtudes do país devem ser julgados com base numa escala de valores. E aí a coisa se complica, pois cada pessoa tem sua própria escala de valores. Por exemplo, para quem não valoriza a liberdade individual, os Estados Unidos não são um exemplo a seguir. Mas, para quem tem a liberdade como valor essencial, a nação americana é digna de admiração.
Posso fazer uma lista de vários aspectos dos Estados Unidos dos quais não gosto nem um pouco. Abomino certas faces do comportamento deles. Mas também admiro e reconheço os enormes méritos do país, como a extensa lista de invenções e de tecnologias em favor da humanidade e seu sistema baseado na garantia do direito de propriedade, na liberdade de iniciativa e nos direitos individuais. O desenvolvimento norte-americano se deveu às virtudes políticas, econômicas e sociais de seu povo.
No caso de Obama, trata-se de um esquerdista, agora criticado por segmentos da esquerda mundial por ter feito algo horrível: a espionagem ilegal de países, pessoas e empresas, inclusive com espionagem industrial – portanto, ilegal –, como no caso da Petrobras. A espionagem militar, como parte da doutrina da defesa nacional, é legítima e muitos países a praticam, inclusive o Brasil. Mas o que Obama fez é inaceitável e tem lances de crime, pois pode significar furto de informações estratégicas para a Petrobras e para o Brasil.
O país Estados Unidos tem sido muito melhor que seus presidentes. Isso me lembra Warren Buffet, o grande investidor. Ao examinar uma empresa para comprar, ele disse: “Gosto da empresa que seja tão boa a ponto de ter sucesso mesmo sendo dirigida por um idiota, porque mais cedo ou mais tarde algum idiota a dirigirá”. Os fundadores da pátria nos Estados Unidos desconfiavam da nobreza dos políticos e montaram um sistema imune a dirigentes idiotas.
Se fosse Bush a ser pego fazendo o que Obama fez, ele seria execrado como um monstro mundial. Mas Obama, esquerdista, é criticado suavemente. O ato em si é deplorável, tenha sido levado adiante por um presidente liberal ou socialista, pouco importa.
A humanidade deve muito aos Estados Unidos da América do Norte, por sua contribuição para a ciência, a tecnologia e o progresso material. Mas, também lá, os políticos no poder se esmeram em praticar atos deploráveis sob qualquer ponto de vista.
13 de dezembro de 2013
José Pio Martins, Gazeta do Povo (PR)
Nenhum comentário:
Postar um comentário