Prossegue no Supremo o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade que pode resultar na proibição do financiamento privado de campanhas. O ministro Gilmar Mendes pediu um aparte a Dias Toffoli e acaba de botar os pingos dos is.
Deixa claro que o fim do financiamento privado, como quer a OAB, interessa a quem está no poder. Gilmar pede o fim da hipocrisia. Chamando às falas o procurador-geral da República, que está presente, o ministro afirma:
“Então, senhor procurador-geral, será preciso proibir a propaganda institucional, que, de institucional não tem nada; é propaganda eleitoral escarrada”.
Na mosca! Também é disto que se cuida: o que se quer é impedir que a oposição tenha acesso a recursos de campanha, ficando refém, no futuro, apenas da verba pública, que há de ser garantida segundo o tamanho dos partidos. Tamanho a que se chegou na vigência do financiamento privado. Piada grotesca!
Alguém vai, então, se ocupar da propaganda institucional, que é campanha eleitoral disfarçada — e, o que é pior, com dinheiro público? Alguém vai se ocupar do uso vergonhoso de estatais para financiar a rede de propaganda e difamação, disfarçada de imprensa, que se traduz em blogs, sites, revistas e até jornais? Sempre a serviço do governo?
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