"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

DO AI-45 AO AI-13

A intervenção do STF nas eleições não é novidade. Em 2002, a Corte impôs a verticalização das coligações. A decisão era a favor do PSDB, então no governo, e foi apelidada de AI-45.

Agora, o Tribunal quer proibir doações de empresas aos candidatos. Essa é uma bandeira do PT, que está no poder, e poderia ser batizada de AI-13.
Moral da história: quem não tem voto para mudar a lei no Congresso recorre ao tapetão judicial.

Renan Calheiros, presidente do Senado e Henrique Alves, presidente da Câmara.

À exceção dos partidos de esquerda, é grande a revolta contra a mais nova intromissão do STF no processo eleitoral.
Faltam dois votos para o Tribunal proibir a doação de empresas nas futuras eleições.

Os presidentes da Câmara, Henrique Alves, e do Senado, Renan Calheiros, estão bufando. “Não há nada que justifique essa intervenção. A matéria é estritamente do Poder Legislativo”, protesta Henrique.

“Forçação. Loucura, loucura, loucura!”, resmunga Renan. Henrique vê como saída a aprovação de PEC permitindo as doações de empresas. Renan ainda aposta num acordo do tipo “só é inconstitucional depois das eleições do ano que vem”.
Bingo!!

13 de dezembro de 2013
Ilimar Franco, O Globo

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