Polícia ouve depoimentos de 80 black blocs em SP. Ministério Público afirma que o objetivo é identificar como agem os mascarados que promoveram depredações durante atos de vandalismo na cidade
Manifestantes do grupo denominado Black Bloc deixaram um rastro de destruição na avenida Paulista, durante ato em apoio aos protestos no Rio de Janeiro contra o governador, Sérgio Cabral (26/07/2013) - Fabio Braga/Folhapress
A Polícia Civil de São Paulo tomou depoimentos de integrantes dos black blocs detidos durante atos de vandalismo na capital paulista nos últimos meses. Nesta quinta-feira, os mascarados foram ouvidos na sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), com a participação do Ministério Público. Dos 153 identificados pela polícia, 80 foram localizados e intimados. No total, 65 pessoas já foram ouvidas nesta quinta.
"São suspeitos citados em outros boletins de ocorrência, seja como investigados, autores ou averiguados", disse o promotor Marcelo Barone. "No entendimento do Ministério Público, estamos lidando com uma organização criminosa. Os Black Blocs estão agindo como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs). Ou seja, se as forças de segurança não agirem é possível que surja uma Farc no Brasil", completou.
O promotor afirma que caberá à polícia identificar e indiciar os suspeitos de vandalismo ligados ao grupo por formação de bando ou quadrilha armada. "Esse grupo se organiza nas redes sociais, se arma com paus e pedras, coquetéis molotov e vai depredar patrimônio. Apesar disso, a pena não passa de três anos", afirma o promotor.
14 de novembro de 2013
Veja
(Com Estadão Conteúdo)
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