O texto que segue é a parte inicial de reportagem do site do jornal O Globo. Lendo a reportagem tudo parece indicar que Pizzolato poderia estar escondido no Brasil, fato que já foi aventado pela imprensa.
Leiam:
O governo italiano enviou documento à Polícia Federal negando que tenha fornecido uma segunda via do passaporte ao ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, possibilitando que ele fugisse para a Itália para escapar de ser preso.
Pizzolato, que tem dupla nacionalidade (brasileira e italiana), foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato no processo do mensalão e, por isso, seus passaportes foram retidos pela Justiça. Embora digam acreditar que Pizzolato esteja na Itália, até ontem os policiais federais não tinham confirmação oficial da presença do condenado no mensalão em território italiano.
A PF trabalha inclusive com a hipótese da fuga do ex-diretor de Marketing ter ocorrido com o uso de documento falso. Um rastreamento feito com a ajuda de adidos lotados nas embaixadas brasileiras revelou que não há registros de Pizzolato embarcando para a Itália, principalmente usando aeroportos no Brasil, na Argentina e no Paraguai. Oficialmente, de acordo com a Polícia Federal, a última vez que ele ingressou em território argentino foi em 2009.
Para complicar ainda mais as investigações da Polícia Federal, a Itália não tem controle migratório rigoroso. Ou seja, Pizzolato pode ter realmente entrado no país, mas não há como dizer quando ou como isso ocorreu.
A hipótese de que Pizzolato tenha usado documentos falsos é aventada também por uma alta fonte da Embaixada da Itália em Assunção, para quem “o mais provável é que Pizzolato tenha conseguido um passaporte falso, através das máfias que operam no Paraguai”.
As autoridades consulares da Itália no Paraguai souberam da fuga de Pizzolato sábado passado por meio da imprensa e dizem ter imediatamente checado seus expedientes para descartar que o ex-funcionário do Banco do Brasil tenha passado pelo consulado de Assunção.
— Não o conhecemos, somente pelos jornais. Para dar um passaporte pedimos autorização à autoridade que concedeu a cidadania italiana. É um processo complicado e muito rigoroso. Se ele fez tudo o que estão dizendo que fez, era pouco provável que viesse a um consulado oficial. Aqui, somos parte da República italiana e seguimos as regras de nosso país. Primeiro queremos saber a história de cada pessoa e consultamos onde iniciou os trâmites de cidadania italiana — explicou a fonte.
Assim como no Paraguai, fontes do consulado italiano em Buenos Aires também afirmam que Pizzolato não realizou qualquer tipo de trâmite na sede diplomática argentina.
20 de novembro de 2013
in aluizio amorim
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