"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

GANGUE DE LULA NÃO PODE NEGOCIAR HORÁRIO DE TRABALHO COM CARCEREIRO

Mendes: Mensaleiros não podem negociar com carcereiro para ir ao Congresso. Ministro do STF criticou as queixas de petistas sobre a prisão dos mensaleiros:
'Agora as pessoas descobriram que temos inferno nos presídios'
 

Ministro Gilmar Mendes na sessão
Ministro Gilmar Mendes classificou como "nosense" a possibilidade de os políticos condenados no mensalão não serem cassados (STF)
 
 
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou nesta quarta-feira a figura do deputado-presidiário e defendeu a perda automática dos mandatos de parlamentares condenados pela Justiça. 
 
“Se há uma atividade que pressupõe liberdade, além de jornalistas, é a de parlamentar. Portanto, essa ideia de fazer com que o parlamentar negocie com carcereiro, dizer: 'A nossa sessão vai começar um pouquinho mais tarde', parece um pouco complicada”, disse o ministro. “Eu não consigo imaginar, ainda que estivesse em regime aberto, que um deputado tenha que negociar com seu carcereiro: ‘Olha, deixe eu entrar às 20h porque a sessão começou às 18h’”, completou.
 
Mendes disse ainda que o deputado encarcerado poderá sofrer pressões de facções criminosas que atuam em presídios. "Essas pessoas não estão soltas. Não estão liberadas para passear por aí e voltarem quando quiserem. (...) [Há também] Outros constrangimentos, organizações criminosas que podem fazer desse deputado refém, quanta coerção pode se exercer sobre um deputado que agora pode ter que votar matérias de interesse do PCC, por exemplo."
 
Câmara - Nesta quarta, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que a Mesa Diretora da Casa dará início ao processo de cassação do deputado José Genoino (PT-SP), que cumpre pena em Brasília pela condenação no julgamento do mensalão. Esse trâmite no Legislativo, entretanto, é lento e o caso só deverá chegar ao plenário no ano que vem.
 
Além disso, a discussão sobre a perda dos mandatos dos mensaleiros voltará ao plenário do STF no próximo ano quando o tribunal julgar os embargos infringentes. Os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) questionam, por meio de infringentes, a determinação inicial do STF de perda automática do mandato quando houver o trânsito em julgado das sentenças.
 
Mendes criticou as queixas de petistas de que houve excessos do STF na prisão dos mensaleiros. "Parece-me um exagero falar em preso político ou em decisão política. A composição da Corte passa basicamente por pessoas que foram indicadas ou pelo presidente Lula ou pela presidente Dilma Rousseff. Será que eles indicaram pessoas contra seus interesses ou para vergastar o partido do governo?", disse. “Agora as pessoas descobriram que temos inferno nos presídios. Citam situações caricatas e pequenas, como banho frio. No contexto geral, falta comida, falta espaço, presos em delegacia, é um quadro que nos constrange, que nos envergonha."

Esposa do deputado federal José Genoino, Rioco Kayano, e os filhos Ronan e Miruna próximos à portaria do Complexo Penitenciário da Papuda
Esposa do deputado federal José Genoino, Rioco Kayano, e os filhos Ronan e Miruna próximos à portaria do Complexo Penitenciário da Papuda - Valter Campanato/ABr
 
20 de novembro de 2013
Laryssa Borges - Veja

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