Itamaraty autoriza volta de diplomata que ajudou político boliviano a fugir
O Ministério das Relações Exteriores autorizou o retorno ao trabalho do ex-encarregado de Negócios do Brasil na Bolívia, o diplomata Eduardo Saboia, responsável pela retirada de La Paz (Bolívia) do senador boliviano Roger Pinto Molina. O diplomata está afastado das atividades desde o fim de agosto, quando Pinto Molina chegou ao Brasil. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (12) pela assessoria de imprensa do Itamaraty.
28.mai.2012 - Durante encontro com embaixador, o senador boliviano Roger Pinto, da oposição ao presidente Evo Morales, pede asilo político ao Brasil
8.jun.2012 - O governo brasileiro concede asilo e é criticado por Evo Morales dias depois
19.jul.2012 - Governo boliviano sobe o tom e acusa o embaixador brasileiro de fazer "pressão"
2.mar.2013 - Um acordo bilateral decide criar uma comissão para analisar o caso de Roger Pinto
17.mai.2013 - O advogado do senador pede que o Supremo Tribunal Federal pressione o Itamaraty
23.ago.2013 - Por volta das 15h, saem da embaixada brasileira em La Paz Roger Pinto, o diplomata brasileiro Eduardo Saboia e dois fuzileiros navais, em dois carros diplomáticos oficiais. Eles percorrem mais de 1.500 km por terra em uma viagem de mais de 22 horas
24.ago.2013 - Na tarde deste sábado, os carros chegam a Corumbá, no Mato Grosso do Sul e, à noite, pegam um jatinho de um empresário amigo do senador brasileiro Ricardo Ferraço (PMDB-ES) rumo a Brasília
25.ago.2013 - Roger Pinto, Ferraço e Saboia chegam a Brasília
26.ago.2013 - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, deixa o cargo
Saboia é alvo de investigações de uma comissão de sindicância, formada por dois embaixadores e um auditor da Receita Federal. O grupo apura as responsabilidades do diplomata na retirada de Pinto Molina da Embaixada do Brasil na Bolívia, onde ficou por 455 dias. O ex-encarregado de Negócios, que organizou a operação, é acusado de quebra de hierarquia. A defesa de Saboia nega.
A fuga de Molina ao Brasil desencadeou uma crise diplomática que causou o afastamentodo então chanceler Antonio Patriota, substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado.
Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para ele deixar o país.
No Brasil há pouco mais de duas semanas, Pinto Molina é classificado como um "delinquente comum" pelo governo boliviano. O senador nega as acusações contra ele, relativas a desvios de recursos públicos e corrupção.
A defesa de Saboia afirma que não há nada, sob o ponto de vista legal, que sustente o afastamento do diplomata. Seu advogado quer ter acesso aos e-mails, telegramas e notas trocadas entre a Embaixada do Brasil na Bolívia, o Itamaraty e a Presidência da República. A relação de documentos é extensa e mantida pela comissão em caráter sigiloso.
Ophir também encaminhou solicitação para que Pinto Molina seja arrolado como testemunha pela comissão no processo que investiga a atuação de Saboia.
12 de setembro de 2013
Marco Antônio Teixeira / UOL
Da Agência Brasil
Relembre rusgas entre Brasil e Bolívia
Com a demissão de Antônio Patriota, nesta segunda-feira (26.ago), quem assumirá o Ministério das Relações Exteriores será o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, representante do Brasil na ONU (Nações Unidas). Patriota deixou cargo após o diplomata brasileiro Eduardo Saboia patrocinar a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina de seu país Leia mais
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Saboia é alvo de investigações de uma comissão de sindicância, formada por dois embaixadores e um auditor da Receita Federal. O grupo apura as responsabilidades do diplomata na retirada de Pinto Molina da Embaixada do Brasil na Bolívia, onde ficou por 455 dias. O ex-encarregado de Negócios, que organizou a operação, é acusado de quebra de hierarquia. A defesa de Saboia nega.
A fuga de Molina ao Brasil desencadeou uma crise diplomática que causou o afastamentodo então chanceler Antonio Patriota, substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado.
Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para ele deixar o país.
No Brasil há pouco mais de duas semanas, Pinto Molina é classificado como um "delinquente comum" pelo governo boliviano. O senador nega as acusações contra ele, relativas a desvios de recursos públicos e corrupção.
A defesa de Saboia afirma que não há nada, sob o ponto de vista legal, que sustente o afastamento do diplomata. Seu advogado quer ter acesso aos e-mails, telegramas e notas trocadas entre a Embaixada do Brasil na Bolívia, o Itamaraty e a Presidência da República. A relação de documentos é extensa e mantida pela comissão em caráter sigiloso.
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12 de setembro de 2013
Marco Antônio Teixeira / UOL
Da Agência Brasil
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