A conjuntura de 2013, no Brasil e no mundo, não é a de 1964. E os tempos, mesmo com esse socialismo bolivariano de algumas republiquetas, que o governo petista deseja seguir, não são os da Guerra Fria, com o mundo então dividido em duas vertentes.
E não foi apenas uma circular do velho Marechal a responsável por tudo. Havia também a liderança forte de governadores de três importantes Estados do Brasil. E o apoio da população.
Não há, ainda, espaço para um golpe militar no Brasil. Vivemos, apesar da grande corrupção e do aparelhamento em todos os poderes, inclusive na nossa maior Corte de Justiça, uma democracia. E na democracia, um dos seus fundamentos é a possibilidade de alternância no poder. E isso depende de todos nós brasileiros, particularmente os mais esclarecidos. Estamos fazendo a nossa parte?
Não podemos exigir uma iniciativa tresloucada, sem o apoio popular necessário, de um dos membros do Alto Comando das Forças Armadas. A grande arma da democracia é o voto das urnas. E a cada eleição, o povo vai aprendendo e cobrando mais dos seus governantes.
Agora, se o governo resolver, de fato, implantar a ditadura comunista, como já está sendo feito na Venezuela, aí sim, valerá tudo. Até a nossa ida para a clandestinidade, de armas nas mãos, mesmo que tremidas.
O mundo atual luta pela democracia. Ditadores de longa data estão sendo mortos, até com o empalamento, como foi o caso do Kadafi.
Por outro lado, acredito na força das boas ideias e dos bons ideais. E a internet de hoje é um excepcional vetor de divulgação. Acredito também que os militares da reserva e reformados, assim como milhares de brasileiros estão fazendo, podem e devem divulgar as críticas ao sistema corrupto do governo petista. E essa força nós temos. Por enquanto, é uma das nossas armas para que o povo faça a opção certa nas urnas.
Confio que a guerra final será ganha pelos homens de bem deste país.
15 de setembro de 2013
Luiz Osório Marinho Silva é Coronel na Reserva do EB.
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