"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

PADILHA FRACASSA AO TENTAR ESCAPAR DE FACHIN EM INQUÉRITO NO SUPREMO


Resultado de imagem para padilha charges
Padilha queria ser investigado por um outro ministro
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, tentou se livrar do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), mas fracassou. Em uma das investigações das quais é alvo, ele pediu que o inquérito fosse redistribuído para outro juiz, alegando que os fatos narrados não guardavam relação com desvios da Petrobras. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifestou contra, e Fachin indeferiu a solicitação.
A investigação foi aberta em abril para apurar se Padilha e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) pediram propina à Odebrecht em nome do PMDB e de Michel Temer a pretexto de campanhas eleitorais.
JANTAR NO JABURU – Entre os fatos narrados pelos delatores está o jantar no Palácio do Jaburu, em 2014, em que foi acertada uma doação de R$ 10 milhões. O encontro teve Temer, vice-presidente que buscava reeleição, Padilha e Cláudio Melo Filho, ex-diretor da empreiteira. Padilha e Moreira são dois dos mais próximos auxiliares do presidente.
A Odebrecht delatou ainda que parte dos pagamentos feitos ao grupo teve o objetivo de obter benefícios na Secretaria de Aviação Civil – a empreiteira tinha interesse em negócios em aeroportos. Antes de virar ministro desta gestão, Moreira chefiou a Secretaria da Aviação Civil entre 2013 e 2015, quando foi substituído por Padilha.
CUNHA ENVOLVIDO – Além de Padilha, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso no Paraná, pediu a redistribuição do inquérito – ele também é um dos alvos.
Os argumentos foram os mesmos apresentados pelos advogados de Padilha: que as suspeitas não têm relação com a operação do esquema na Petrobras.
De acordo com Janot, porém, a conexão existe pela relação com outro inquérito que tramita no Supremo sob a relatoria de Fachin e investiga a atuação de uma suposta quadrilha do PMDB da Câmara dos Deputados. Os relatos dos colaboradores indicam que Cunha e seu operador Lúcio Funaro participaram do esquema.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Enquanto houver foto privilegiado, a impunidade está garantida. A diferença entre Padilha e Cunha é que um tem foro privilegiado e chefia a Casa Civil, o outro perdeu o foro e está na cadeia. De resto, têm trajetórias semelhantes, com uma exceção, Padilha comete graves crimes ambientais e Cunha ainda não entrou nesse ramo. (C.N.)

17 de julho de 2017
Camila Mattoso e Letícia Casado
Folha

Nenhum comentário:

Postar um comentário