A pressão popular parou, não há protestos nas ruas nem panelas sendo batidas. O sociólogo Bruno Borges, professor da Universidade de Brasília (UnB) explica o motivo da apatia. “Em todo o mundo, especialmente nos países ocidentais, há uma onda de negação das instituições e da política como espaço de resolução de conflitos. Essa realidade potencializa a tendência.” Internamente, afirma Bruno, há um sentimento de esgotamento na população. Diante de uma democracia muito recente, o país viveu momentos intensos de mobilização na década de 1990 — com o impeachment do ex-presidente Fernando Collor — e a iniciada em 2013, que culminou na saída de Dilma Rousseff do poder.
“Duas vivências que não conseguiram proporcionar uma terceira via. A partir daí, tudo piorou. Passamos a questionar o Executivo, o Legislativo e até o Judiciário. A sociedade questiona o seu poder de organização, porque não se chega a uma representatividade. Há um desgaste natural, desconfiança e constrangimento”, explica Borges.
REDES SOCIAIS – O sociólogo, porém, lembra que, apesar de não haver pressão nas ruas, existe um forte assédio pelas redes sociais.
“É uma pressão real. O político mais novo reconhece isso e acompanha. Não é o fato político a que a gente está acostumado. A rua tem força para tirar um governo. A internet talvez não tenha, mas é uma força que não podemos deixar de considerar”, acrescenta.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Pelo visto, só restou a internet, com sites e blogs independentes que alimentam as discussões nas redes sociais. É salutar o crescimento da importância da internet, pois significa a definitiva democratização das informações. A internet está mudando o mundo, de uma maneira positiva e surpreendente. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Pelo visto, só restou a internet, com sites e blogs independentes que alimentam as discussões nas redes sociais. É salutar o crescimento da importância da internet, pois significa a definitiva democratização das informações. A internet está mudando o mundo, de uma maneira positiva e surpreendente. (C.N.)
17 de julho de 2017
Natália Lambert e Paulo de Tarso Lyra
Correio Braziliense
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