"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

POLÍTICOS PERMITEM QUE GOVERNO ROUBE SEU PRECATÓRIO


Sob pressão midiática e judicial, Michel Temer já fez uma opção tática bem clara: Não vai renunciar e seguirá sua agenda de “reformas”, mesmo com a certeza de que corre risco de ser saído da Presidência – de forma análoga ou até pior com a qual aconteceu com sua ex-companheira Dilma Rousseff. Enquanto isso, a Câmara dos Deputados aprovou, em votação simbólica, um absurdo que tende a ser referendado pelo Senado: o projeto de lei que permite ao governo federal resgatar R$ 8,6 bilhões em precatórios que estão parados nos bancos e não foram pleiteados por seus beneficiários em dois anos.

Tudo bem que os políticos brasileiros têm demonstrado, na prática, sua tendência a se apropriar do que pertence ao público, e não a eles. Porém, não precisava exagerar tanto na dose de legalização da roubalheira. Precatórios são requisições de pagamento expedidas pela Justiça para cobrar de municípios, Estados ou da União, assim como de autarquias e fundações, o pagamento de valores devidos após condenação judicial definitiva. Portanto, o que a politicalha comete é a legitimação de um crime de apropriação indébita.


A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, ou qualquer autoridade judiciária com bom senso tem a obrigação moral de vir a público condenar tal “roubo legalizado” do dinheiro de quem recorreu ao judiciário para reparar danos cometidos pela máquina estatal na União, Estados e municípios. O lamentável é que a sacanagem com os precatórios faz parte daquele pacotão de reformas que Michel Temer prioriza aprovação no Congresso Nacional.

Não é à toa que a maioria da população vibra de alegria quando vê o juiz Sérgio Moro condenar elementos como Sérgio Cabral Filho a 14 anos de prisão em regime fechado, por crimes relacionados à usurpação do dinheiro público. Mesma felicidade ocorrerá se a primeira turma do Supremo Tribunal Federal determinar, na semana que vem, a prisão preventiva do senador tucano afastado Aécio Neves – denunciado por corrupção. O delírio máximo será quando sair a primeira sentença contra Luiz Inácio Lula da Silva – o que pode ocorrer brevemente.

Triste é a notícia de que Deus levou o jornalista Jorge Bastos Moreno, aos 63 anos,vítima de um edema pulmonar. Sic transit gloria mundi...

No limite




Muito ameaçado



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!


14 de junho de 2017
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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