"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

MURO DOS TUCANOS SERÁ O TÚMULO DO PSDB, DIZ REALE JF. AO ABANDONAR O PARTIDO

Jurista Miguel Reale Júnior
Reale Jr. afirma que Temer deveria renunciar
Um dos autores do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o jurista Miguel Reale Jr, ex-ministro da Justica no governo Fernando Henrique Cardoso, anunciou na noite desta segunda-feira, 12, que vai deixar o PSDB. A decisão foi tomada logo após a sigla decidir pela permanência no governo de Michel Temer.
“Espero que o partido encontre um muro suficientemente grande que possa servir de túmulo”, disse Reale Jr. ao Estadão após saber que os tucanos decidiram pelo não desembarque na reunião realizada em Brasilia com lideranças, nesta segunda-feira. O jurista vai encaminhar sua decisão ao diretório nacional do partido amanhã, terça-feira, 13, por meio de carta.
AFRONTA ÉTICA – “Foi difícil sair de um partido do qual fui vice-presidente em São Paulo, amigo de todos seus dirigentes, compartilhei ideais e esperanças, mas desisti diante de tantas vacilações e fragilidades onde não se pode ser fraco que é diante da afronta à ética”, completou.
Em entrevista ao Estado, em 25 de maio, o ex-ministro da Justiça disse ver motivos para um pedido de impeachment do presidente Temer, mas defendeu a renúncia dele para evitar que o Brasil pare novamente por um impedimento.

14 de junho de 2017
Pedro Venceslau
Estadão

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