"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 27 de março de 2017

SOLIDÁRIA, MINISTRA DO STJ CONCEDE A PRISÃO DOMICILIAR A ADRIANA ANCELMO


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Maria Teresa Moura foi nomeada por Lula para o STJ
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu, nesta sexta-feira (14), recurso da defesa da advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, e manteve a decisão da Justiça Federal no Rio que concedia a ela prisão domiciliar. A informação foi confirmada pelo advogado de Adriana, Alexandre Lopes de Oliveira.
Presa no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, desde dezembro, Adriana poderá deixar a cadeia, mas o processo de soltura da advogada só terá início na próxima segunda-feira (27), de acordo com Oliveira.
FILHOS MENORES – Na sexta-feira (17), o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, decidiu substituir a prisão preventiva da mulher do ex-governador Sérgio Cabral, pela prisão domiciliar. A decisão do magistrado previa que o imóvel para onde Adriana Ancelmo será levada cumpra pré-requisitos determinados, como não ter linha telefônica e internet.
Para a sua decisão, o juiz Bretas entendeu que os filhos menores do casal, de 10 e 14 anos, não podem ser privados simultaneamente do convívio com os pais, que estão presos. Os filhos atualmente estão morando com o irmão, o deputado federal Marco Antônio Cabral (PMDB), que é filho de Cabral, de seu primeiro casamento com Susana Neves, com quem o ex-governador tem outros dois filhos maiores.
SEM TELEFONE – Na ocasião, o advogado Alexandre Lopes informou que Adriana voltaria para seu apartamento no Leblon. “Foi surpresa ter o pedido aceito, esperávamos no STJ, não hoje”, admitiu. O juiz determinou que além de Adriana não poder ter internet e telefone no imóvel, as visitas também não poderão portar dispositivos para se comunicar.
Na segunda-feira (20), o desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal, da 2ª Região (Rio e Espírito Santo) suspendeu a prisão domiciliar. Em nota, na ocasião, o TRF2 informou que a suspensão da decisão foi determinada “de ofício, sem que houvesse requerimento da defesa da ré”. Em sua decisão, Gomes ponderou que o juízo de primeira instância já havia apreciado a questão anteriormente e que, desde então, não houve novos fatos para justificar a alteração da situação da custódia da acusada.
Ainda em sua decisão, Abel Gomes ressaltou que a decisão beneficiando a ré criaria expectativas vãs para a própria acusada, que poderia vir a ser presa novamente, e para outras mulheres presas preventivamente, que não conseguem o mesmo direito.
SEM FISCALIZAÇÃO – No recurso, os procuradores do MPF argumentaram que a fiscalização de que Adriana não teria telefone e internet é difícil de ser realizada. Eles demonstraram receio de que ela pudesse movimentar o patrimônio oculto por Cabral.
Foi alegado ainda que a alteração da prisão preventiva da ex-primeira-dama para prisão domiciliar representa um tratamento diferenciado em relação às milhares de mães presas, que não são beneficiadas pela mesma medida.
Mas nesta sexta, a ministra Maria Theresa Moura, do STJ decidiu pela prisão domiciliar mantendo a decisão do juiz Marcelo Bretas. Nos próximos dias, a Polícia Federal fará vistoria na casa apresentada pela defesa de Adriana Ancelmo para que ela cumpra a medida determinada pela Justiça.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – É um momento de tristeza e reflexão, ao evidenciar a realidade da Justiça brasileira, que só costuma punir os chamados PPPs. Há milhares de mães brasileiras nas prisões, mas nenhum juiz se preocupa com os filhos delas. 

É realmente desalentador. E o mais ridículo é a obrigatoriedade de não ter telefone, que passa a figurar naquela série “me engana que eu gosto”.  
A ministra Maria Theresa Moura foi nomeada por Lula, é da cota do PT. Sinceramente, o país continua andando para trás, feito caranguejo, que era o apelido de Eduardo Cunha, que daqui a pouco também pode estar solto… (C.N.)

27 de março de 2017
Por G1 Rio

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