O presidente Michel Temer (PMDB) se irritou na sexta-feira, em São José do Rio Preto (SP), ao ser questionado sobre as delações de ex-executivos da Odebrecht. Enquanto falava sobre a recuperação da credibilidade do País, ele foi interrompido pela pergunta de uma jornalista. “Você me dá licença para terminar meu raciocínio? Falamos disso depois”, disse o presidente.
Logo depois, entretanto, questionado se as novas delações complicam a situação do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do PMDB, Temer virou-se e se afastou, passando o microfone para o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE).
As novas delações da Odebrecht feitas perante o ministro Herman Benjamin, relator do processo contra a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer, e detalham que Padilha participava diretamente e era o operador do caixa dois do PMDB, indicando à Odebrecht quando, quanto e onde deveriam ser entregues as doações da empreiteira, feitas sempre em dinheiro vivo, com mochilas contendo R$ 500 mil cada.
### NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em plena era da transparência, o sistema que ainda reina no Planalto é a antiga Lei do Silêncio, criada pela Máfia siciliana, em seu código de “honra” chamado de Omertá, que significa Humildade. Mas o silêncio e a mordaça não impedirão que se saiba a verdade. É só uma questão de tempo. (C.N.)
27 de março de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)
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