"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 27 de março de 2017

JANOT PEDE QUE INVESTIGAÇÃO SOBRE LULA E DILMA CONTINUE NO SUPREMO


Desta vez, Lula e Dilma escaparam de Sérgio Moro
Contrariando a Polícia Federal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou que a investigação sobre obstrução da Lava Jato pelos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff prossiga no Supremo Tribunal Federal. Janot protocolou na quinta-feira (23) sua manifestação junto ao ministro Edson Fachin, relator da operação. O inquérito apura, dentre outros fatos, se a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil pela então presidente Dilma foi um artifício para lhe conferir foro privilegiado e tumultuar a Lava Jato, escapando da jurisdição do juiz Sergio Moro.
O caso corre no Supremo porque também inclui duas autoridades com foro privilegiado: a PGR investiga ainda se Dilma nomeou o ministro do STJ Marcelo Navarro, sob articulação do então presidente do STJ Francisco Falcão e do ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, sob o compromisso de obter a soltura de empresários presos na Lava Jato, entre eles Marcelo Odebrecht. Um terceiro fato investigado no inquérito é uma oferta de ajuda do então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para evitar a delação do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS).
OBSTRUÇÃO À LAVA JATO – No mês passado, relatório da Polícia Federal assinado pelo delegado Marlon Cajado recomendou o desmembramento, para a primeira instância, da investigação sobre a nomeação de Lula por Dilma. O delegado apontou em sua peça que Lula e Dilma agiram para obstruir a Lava Jato. Na primeira instância, a investigação e o processo penal costumam andar mais rápido, o que seria uma derrota para os ex-presidentes petistas.
Janot, que é a autoridade responsável por conduzir a investigação, discordou do delegado e solicitou ao STF que o inquérito não seja desmembrado. Em geral, durante a fase de inquérito, os ministros do Supremo costumam seguir os posicionamentos do Ministério Público.
TEORI ERA CONTRA – O procurador-geral apontou que o antigo relator, Teori Zavascki, já havia se posicionado contra o desmembramento e que, por isso, as investigações devem continuar sendo aprofundados no Supremo, com novas tomadas de depoimentos e diligências. Seu posicionamento é uma derrota para a Polícia Federal, que havia atraído para si os holofotes com o relatório do delegado Marlon Cajado.
Esse caso é o único inquérito contra Dilma existente até o momento na Lava Jato. Lula já é réu em uma ação penal também sob acusação de atrapalhar a Lava Jato, neste caso sob suspeita de comandar a compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
Os investigados têm negado as suspeitas e afirmado que não atuaram para obstruir as investigações. A defesa de Dilma afirmou considerar a manifestação de Janot “equilibrada e correta”. A reportagem não conseguiu contato com as defesas dos demais investigados.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O pedido da Polícia Federal foi perda de tempo. A investigação tem de ser feita mesmo no Supremo, pelo envolvimento dos ministros do STJ. (C.N.)

27 de março de 2017
Aguirre Talento
Época

Nenhum comentário:

Postar um comentário