Aécio Neves e Geraldo Alckmin estão na lista de Janot, a ser divulgada em breve. Há rumores de que José Serra também. Não há cláusula de inelegibilidade para nenhum dos três, pelo menos enquanto não forem condenados em segunda instância. Mas se forem, ficarão afastados da sucessão de 2018. Sobrará espaço para João Dória Júnior, apesar de suas sucessivas declarações de que cumprirá até o fim o mandato de prefeito de São Paulo.
De repente, instaura-se a dúvida no ninho dos tucanos. Certeza também não há no PMDB, porque se a recuperação econômica naufragar, Henrique Meirelles ficará de fora. Como Michel Temer, pelos mesmos motivos e mais o juramento de que não disputará o segundo mandato.
O leque de outras opções não anima ninguém. Marina Silva eclipsou-se, Ciro Gomes não é mais o mesmo, Jair Bolsonaro marcha de pé trocado, Ronaldo Caiado não rompe os limites de Goiás, Joaquim Barbosa sumiu e quaisquer outros nem lembrados são.
A conclusão é de que apagaram o quadro negro, restando apenas o Lula, que esta semana confirmará sua candidatura pelo PT. Também cercado de obstáculos e armadilhas da operação Lava Jato.
Em suma, a sucessão presidencial volta à estaca zero. Como só daqui a um ano a disputa ressurgirá, aguarda-se o aparecimento de novas hipóteses.
QUEM SERÁ O CHEFE? – A Segunda Guerra Mundial aproximava-se o fim e perguntaram ao maior líder militar da Inglaterra, Bernard Montgomery, a razão de seu sucesso. Cheio de arrogância e empáfia, ele disse aos jornalistas ser porque não bebia, não fumava, não jogava e não prevaricava.
Winston Churchill agastou-se e chamou os repórteres, dizendo: “Podem escrever que eu bebo, fumo, jogo e prevarico, mas sou o chefe dele…”
O episódio se recorda a propósito das mudanças que o presidente Michel Temer promoverá no ministério, assim que divulgada a segunda lista do Janot.
15 de março de 2017
Carlos Chagas
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