"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

RODRIGO MAIA ROMPE ACORDO E CRIA UMA GRAVE CRISE INSTITUCIONAL COM O SUPREMO


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Maia se recusa a votar o pacote anticorrupção 
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira que o projeto com as 10 medidas anticorrupção não deverá passar por nova votação na Casa. Na sexta-feira, Maia havia afirmado ao Globo que cumpriria liminar do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o retorno do projeto à Câmara e a volta da tramitação à estaca zero, com o texto original que recebeu apoio popular. Mas agora, para Maia, a mera conferência de assinaturas por parte da Câmara já seria o suficiente para atender a decisão do ministro do Supremo: “A Secretaria-Geral da Mesa confere as assinaturas, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) valida, checa se o rito estiver correto, e a parte da Câmara estará superada” – disse.
Questionado se devolveria então o projeto ao Senado após a conferência das assinaturas, Maia respondeu afirmativamente. “Se tiver tudo certo, com certeza, porque o rito estará cumprido”.
FIM DE PAPO – Questionado, o presidente da Câmara negou que seja necessária uma nova votação. “Não, se o rito estiver todo correto, não há necessidade de ter outra votação da Câmara”.
Maia disse que isso atenderia o pedido de Fux na liminar. “Acredito que sim. A preocupação dele era na origem. Se a origem está resolvida e se a CCJ confirma que todo o rito cumpriu o regimento e as leis, não vejo problema para ter que refazer a votação” – afirmou.
A previsão de Maia é que nenhum desses trâmites ocorra antes do Carnaval.
DECISÃO DE FUX – Em dezembro do ano passado, o ministro Luiz Fux determinou que o pacote das 10 medidas anticorrupção, desfigurado pela Câmara com a inclusão de crimes por abuso de autoridade e remetido ao Senado, retornasse à Casa inicial e recomeçasse da estaca zero, com o texto original que recebeu apoio popular.
Na prática, a ordem suspende toda a tramitação pela qual o projeto de lei já passou e exige que a Câmara adote o rito previsto em seu regimento interno para propostas de iniciativa da população. O projeto idealizado pelo Ministério Público chegou ao Legislativo subscrito por mais de 2 milhões de assinaturas, mas foi apresentado oficialmente ao Congresso por um grupo de parlamentares.
DE VOLTA À CÂMARA – O ministro decidiu que toda a tramitação estava viciada por não ter sido feita sob o procedimento definido para projetos de iniciativa popular. Segundo ele, nesse caso, ficam vedados “emendas e substitutivos que desfiguram a proposta original para simular apoio público a um texto essencialmente distinto do subscrito por milhões de eleitores”, embora não seja proibido que os parlamentares apresentem projetos próprios para serem apensados.
Por isso, Fux determinou que a matéria retorne à Câmara, para adotar o procedimento que o ministro considera correto para tramitação de projetos de iniciativa popular. O tema teria que ser votado em Comissão Geral no plenário com orador para defender o texto, entre outras regras.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Rodrigo Maia não existe. Foi inventado pelo pai, Cesar Maia, virou deputado federal sem a menor vocação ou preparo, tornou-se presidente da Câmara por mera circunstância e agora está criando uma crise institucional, ao romper um acordo celebrado com o Supremo, através do relator Luiz Fux. É um irresponsável, jamais poderia estar na presidência da Câmara. Imaturo e deslumbrado, acaba de criar uma crise institucional da maior gravidade. (C.N.)

21 de fevereiro de 2017
Júnia Gama
O Globo

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