No Congresso, há quem acredite que até a próxima segunda-feira, 28, será conhecida a relação de deputados e senadores incursos nas delações da Odebretch. Seriam perto de oitenta parlamentares envolvidos nas tramoias da empresa, denunciados como tendo recebido favores pecuniários em troca de apoio no Legislativo para as operações envolvendo superfaturamento de contratos e similares entre a empreiteira e variadas empresas públicas. Oitenta cabeças próximas da guilhotina.
Trata-se do clímax das investigações feitas à sombra do poder. Caberá ao Supremo Tribunal Federal abrir os respectivos processos contra quantos pretendem valer-se de imunidades. Em suma, a lista estaria pronta e prestes a ser divulgada.
EM DIVERSOS PARTIDOS – A indagação refere-se ao que acontecerá aos premiados prestes a expor o pescoço. A mais alta corte nacional de justiça poderá condená-los, desde a cassação dos mandatos até a proibição de candidatar-se nas próximas eleições.
Certamente pertencerão a diversos partidos, do PT ao PMDB, PP e outros. Será um razoável prejuízo para a base parlamentar do governo, impossibilitado de sair em defesa de seus integrantes.
Há temor no palácio do Planalto, em especial diante de ministros capazes de ser acusados e punidos. Na recente reunião de governadores, aqui em Brasília, a iminência da divulgação da lista da Odebretch gerou preocupações. A empreiteira operou em muitos estados, não apenas no plano federal.
NA MARCA DO PÊNALTI – Nesta quarta-feira, na Comissão de Ética da presidência da República, era grande a impressão de que Geddel Vieira Lima tem mínimas chances de escapar à acusação de haver atuado em favor de interesses pessoais. Amanhã também será um difícil para o ministro.
24 de novembro de 2016
Carlos Chagas
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