Um Ensaio Para Voltar às Ruas
As manifestações realizadas nesse domingo em defesa da Lava Jato e contra as tentativas cada vez mais explícitas por parte da classe política de acobertar seus crimes, incluindo a prática funesta de caixa dois, mobilizaram milhares de pessoas em todo país. Na capital paulista, a manifestação reuniu alguns milhares de pessoas na Avenida Paulista, trazendo de volta a imagem das grandes mobilizações pelo impeachment que marcaram a cena política nacional nos últimos dois anos.
O silêncio da grande imprensa, que se recusou a noticiar estas manifestações, reflete ao nosso ver o temor ante a possibilidade de retomada em maior volume dos movimentos de rua, para dessa vez não mais pedir o impeachment de uma presidente ilegítima, mas para fazer o enfrentamento direto com uma classe política disposta a sabotar a Lava Jato e a não abrir mão de seus privilégios. Em termos de presença de público a manifestação foi bem sucedida, considerando-se que ela foi convocada com apenas três dias de antecedência.
No nosso entender, um dos fatores que motivaram a convocação dessa manifestação foi a ação correta e corajosa do grupo de manifestantes que ocuparam a Câmara dos Deputados na semana passada. No entanto, a ação inédita de enfrentamento à classe política conduzida por esses manifestantes foi atacada não apenas pela grande imprensa, mas também por segmentos políticos que participaram do movimento pelo impeachment e que hoje se encontram perfeitamente alinhados com a classe política, e com ela se confunde.
Há meses, desde antes da consolidação do impeachment, as mobilizações de rua sofreram um refluxo unicamente por decisão dos principais grupos que estavam à sua frente. Decisão esta pautada ou por erro de avaliação de alguns, ou por determinação de outros de realmente esvaziar as ruas e se adequar ao status quo da classe política.
A adesão do público às manifestações desse domingo mostrou que existe disposição de parcela da população em sair às ruas. O que falta são lideranças políticas autênticas, sem vínculos espúrios com a classe política, e que estejam comprometidas a conduzir o movimento de rua tendo em vista os interesses e o futuro do país, e que não estejam propensas a manipular ou mesmo sabotar as mobilizações por conta de interesses de outra natureza.
Na manifestação desse domingo na capital paulista, grupos de direita e de ativistas independentes, que estão há meses atuando sozinhos nas ruas por meio de ações em pequena escala, também estiveram presentes, como pode ser visto nesse vídeo.
24 de novembro de 2016
Paulo Enéas
crítica nacional
As manifestações realizadas nesse domingo em defesa da Lava Jato e contra as tentativas cada vez mais explícitas por parte da classe política de acobertar seus crimes, incluindo a prática funesta de caixa dois, mobilizaram milhares de pessoas em todo país. Na capital paulista, a manifestação reuniu alguns milhares de pessoas na Avenida Paulista, trazendo de volta a imagem das grandes mobilizações pelo impeachment que marcaram a cena política nacional nos últimos dois anos.
O silêncio da grande imprensa, que se recusou a noticiar estas manifestações, reflete ao nosso ver o temor ante a possibilidade de retomada em maior volume dos movimentos de rua, para dessa vez não mais pedir o impeachment de uma presidente ilegítima, mas para fazer o enfrentamento direto com uma classe política disposta a sabotar a Lava Jato e a não abrir mão de seus privilégios. Em termos de presença de público a manifestação foi bem sucedida, considerando-se que ela foi convocada com apenas três dias de antecedência.
No nosso entender, um dos fatores que motivaram a convocação dessa manifestação foi a ação correta e corajosa do grupo de manifestantes que ocuparam a Câmara dos Deputados na semana passada. No entanto, a ação inédita de enfrentamento à classe política conduzida por esses manifestantes foi atacada não apenas pela grande imprensa, mas também por segmentos políticos que participaram do movimento pelo impeachment e que hoje se encontram perfeitamente alinhados com a classe política, e com ela se confunde.
Há meses, desde antes da consolidação do impeachment, as mobilizações de rua sofreram um refluxo unicamente por decisão dos principais grupos que estavam à sua frente. Decisão esta pautada ou por erro de avaliação de alguns, ou por determinação de outros de realmente esvaziar as ruas e se adequar ao status quo da classe política.
A adesão do público às manifestações desse domingo mostrou que existe disposição de parcela da população em sair às ruas. O que falta são lideranças políticas autênticas, sem vínculos espúrios com a classe política, e que estejam comprometidas a conduzir o movimento de rua tendo em vista os interesses e o futuro do país, e que não estejam propensas a manipular ou mesmo sabotar as mobilizações por conta de interesses de outra natureza.
Protesto na Paulista em 20/11 - YouTube
https://www.youtube.com/watch?v=FJObMqO-KYo
4 dias atrás - Vídeo enviado por Canal Politizando
No dia 20/11/16 brasileiros resolveram ir à Av. Paulista protestar contra as tramoias que os políticos ...Na manifestação desse domingo na capital paulista, grupos de direita e de ativistas independentes, que estão há meses atuando sozinhos nas ruas por meio de ações em pequena escala, também estiveram presentes, como pode ser visto nesse vídeo.
24 de novembro de 2016
Paulo Enéas
crítica nacional
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