"LEVAMOS UMA 'VOADORA' DO JUCÁ", DIZ SENADOR MAGNO MALTA
LÍDER DO GOVERNO ABRIU BRECHA PARA REPATRIAÇÃO A PARENTES DE POLÍTICOS
O senador Magno Malta (PR-ES) externou em plenário sua revolta com a manobra feita pelo líder governo, Romero Jucá (PMDB-RR), para permitir que parentes de políticos possam participar da segunda fase da repatriação. O dispositivo ficou conhecido entre a oposição como "emenda Cláudia Cruz", em referência à esposa do deputado cassado Eduardo Cunha.
"Ontem tomamos 1x0 do senador Romero Jucá, foi uma bola nas costas. O senador fez um acordo conosco em plenário de que tiraria a emenda que inclui parentes e, hoje de manhã, a gente descobre que nós tomamos uma pernada dele, uma voadora de frente", afirmou o senador.
Na votação de ontem, após forte pressão, inclusive de senadores da base, para que Jucá retirasse do texto os parágrafos que permitiam que parentes participassem da repatriação, o próprio senador o fez voluntariamente. O que não ficou claro na votação de ontem era que o substitutivo do senador não fazia nenhuma vedação à inclusão de parentes e, na prática, permitia que eles integrassem o programa. A manobra só foi percebia hoje de manhã pelos integrantes da oposição.
"Não sei se existe qualquer tipo de recurso, mas deixo aqui o meu registro de indignação. Falei pessoalmente com Jucá que o que ele fez não foi honesto", afirmou Malta. A notícia pegou de surpresa também outros senadores, assessores parlamentares e funcionários do Senado, que relataram só terem percebido a manobra na manhã de hoje, quando o texto final da votação foi formalmente protocolado na Secretaria Geral da Mesa Diretora.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu para que essa história fique no passado. "Isso ficou na sessão de ontem. Temos que olhar para frente, temos uma agenda enorme de votações a cumprir", minimizou. Segundo interlocutores, Renan estava ciente da manobra. O peemedebista jogou a responsabilidade para a oposição e disse que o destaque deles foi posto de forma "equivocada".
Recurso. A oposição no Senado passou a manhã buscando uma forma de reverter a manobra do líder do governo. A avaliação da assessoria técnica do Senado é que não haveria maneira regimental de modificar o que foi feito. Nesta tarde, o senador José Pimentel (PT-CE) informou em plenário que a oposição irá buscar a derruba do dispositivo na votação da Câmara.
"Ontem foi uma sessão atípica. Todos nós estávamos muito tensionados nessa matéria. É verdade que o nosso destaque pedia a retirada daqueles itens. No entanto, o texto do artigo 11 revogou o artigo anterior nessa redação nova do substitutivo. Vamos enfrentar essa questão na Câmara Federal." (AE)
24 de novembro de 2016
diário do poder
LÍDER DO GOVERNO ABRIU BRECHA PARA REPATRIAÇÃO A PARENTES DE POLÍTICOS
LÍDER DO GOVERNO DEU UMA 'PERNADA' NOS SENADORES AO ABRIR BRECHA PARA QUE PARENTES DE POLÍTICOS PARTICIPEM DA SEGUNDA FASE DA REPATRIAÇÃO (FOTO: JONAS PEREIRA/AG. SENADO) |
O senador Magno Malta (PR-ES) externou em plenário sua revolta com a manobra feita pelo líder governo, Romero Jucá (PMDB-RR), para permitir que parentes de políticos possam participar da segunda fase da repatriação. O dispositivo ficou conhecido entre a oposição como "emenda Cláudia Cruz", em referência à esposa do deputado cassado Eduardo Cunha.
"Ontem tomamos 1x0 do senador Romero Jucá, foi uma bola nas costas. O senador fez um acordo conosco em plenário de que tiraria a emenda que inclui parentes e, hoje de manhã, a gente descobre que nós tomamos uma pernada dele, uma voadora de frente", afirmou o senador.
Na votação de ontem, após forte pressão, inclusive de senadores da base, para que Jucá retirasse do texto os parágrafos que permitiam que parentes participassem da repatriação, o próprio senador o fez voluntariamente. O que não ficou claro na votação de ontem era que o substitutivo do senador não fazia nenhuma vedação à inclusão de parentes e, na prática, permitia que eles integrassem o programa. A manobra só foi percebia hoje de manhã pelos integrantes da oposição.
"Não sei se existe qualquer tipo de recurso, mas deixo aqui o meu registro de indignação. Falei pessoalmente com Jucá que o que ele fez não foi honesto", afirmou Malta. A notícia pegou de surpresa também outros senadores, assessores parlamentares e funcionários do Senado, que relataram só terem percebido a manobra na manhã de hoje, quando o texto final da votação foi formalmente protocolado na Secretaria Geral da Mesa Diretora.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu para que essa história fique no passado. "Isso ficou na sessão de ontem. Temos que olhar para frente, temos uma agenda enorme de votações a cumprir", minimizou. Segundo interlocutores, Renan estava ciente da manobra. O peemedebista jogou a responsabilidade para a oposição e disse que o destaque deles foi posto de forma "equivocada".
Recurso. A oposição no Senado passou a manhã buscando uma forma de reverter a manobra do líder do governo. A avaliação da assessoria técnica do Senado é que não haveria maneira regimental de modificar o que foi feito. Nesta tarde, o senador José Pimentel (PT-CE) informou em plenário que a oposição irá buscar a derruba do dispositivo na votação da Câmara.
"Ontem foi uma sessão atípica. Todos nós estávamos muito tensionados nessa matéria. É verdade que o nosso destaque pedia a retirada daqueles itens. No entanto, o texto do artigo 11 revogou o artigo anterior nessa redação nova do substitutivo. Vamos enfrentar essa questão na Câmara Federal." (AE)
24 de novembro de 2016
diário do poder
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