A hediondez e a nocividade do legado do ditador Fidel Castro, morto na última sexta-feira, dia 25 de novembro, não se limita – como se fora pouco! – às inúmeras vidas que a sua tirania destruiu, nem às milhares de famílias que dilacerou (2 milhões de exilados), nem à miséria material e moral que suas políticas equivocadas, desastrosas e corruptas impuseram ao povo cubano, nem às violações dos direitos humanos e das liberdades democráticas perpetradas sob ordens suas e de seus asseclas sob o olhar cúmplice e basbaque de uma intelligentsia mundial covarde, mentirosa e intoxicada pela volúpia da autoilusão.
Mais que isso, Castro e seu regime foram/continuam sendo a mais completa tradução da imaturidade latino-americana, que nunca se cansa de atribuir aos outros – ao capitalismo cruel e desumano, em geral, e ao imperialismo yankee, em particular – a responsabilidade pelos nossos próprios fracassos.
Mais que isso, Castro e seu regime foram/continuam sendo a mais completa tradução da imaturidade latino-americana, que nunca se cansa de atribuir aos outros – ao capitalismo cruel e desumano, em geral, e ao imperialismo yankee, em particular – a responsabilidade pelos nossos próprios fracassos.
Uma celebração masoquista da nossa atávica preguiça mental; da nossa incapacidade de articular causa e efeito; do nosso fascínio autovitimizante; do nosso apaixonado cultivo da fracassomania; da nossa guerra sem quartel contra o óbvio; da nossa suspeita rousseauniana (piegas, supersticiosa e bocó) ante qualquer vestígio de racionalidade.
O besteirol pseudorrevolucionário protagonizado por Fidel, a bordo de uma retórica verborrágica e fastidiosa, cegou gerações a fio de políticos, intelectuais, jornalistas, professores, estudantes – muitos deles jovens, outros muitos nem tão jovens assim... – para a singela verdade de que países capitalistas, com seus regimes representativos, plurais, enfim, liberal-democráticos, alcançaram êxitos socioeconômicos infinitamente maiores a um custo humano infinitamente menor do que aquela aprazível e infeliz ilha caribenha.
Por último, mas não em último, todas essas falácias cevadas na sedução da barbárie barbuda de Fidel Castro (e do seu apóstolo Ernesto Che Guevara) convenceram milhões de idiotas ao redor do planeta de que, em nuestra América, se não em todo o Terceiro Mundo, a violência, o terror, o esmagamento de qualquer laivo de independência intelectual, o ódio militante ao sucesso pessoal e ao trabalho lucrativo são a única via possível para a ‘justiça social’.
Ou será que a mídia imperialista é tão diabolicamente eficaz no mascaramento ideológico dos fatos que aquelas imensas filas de súditos cubanos dispostos a arriscar a vida na travessia marítima rumo à liberdade na Flórida eram, de fato, formadas por norte-americanos ansiosos por escapar das garras de Tio Sam e mergulhar nas delícias da disneylândia proletária administrada pelo clã Castro?...
Como ensina George Orwell, para os totalitarismos de todos os matizes o inimigo número 1 é sempre a realidade objetiva. O comunismo cubano, a exemplo de seus precursores e seguidores, na finada União Soviética, na China, em outras partes da Ásia ou na África, nutre-se e vive da mentira, pela mentira e para a mentira.
28 de novembro de 2016
Paulo Kramer é analista político, assessor parlamentar e professor aposentado da Universidade de Brasília.
O besteirol pseudorrevolucionário protagonizado por Fidel, a bordo de uma retórica verborrágica e fastidiosa, cegou gerações a fio de políticos, intelectuais, jornalistas, professores, estudantes – muitos deles jovens, outros muitos nem tão jovens assim... – para a singela verdade de que países capitalistas, com seus regimes representativos, plurais, enfim, liberal-democráticos, alcançaram êxitos socioeconômicos infinitamente maiores a um custo humano infinitamente menor do que aquela aprazível e infeliz ilha caribenha.
Por último, mas não em último, todas essas falácias cevadas na sedução da barbárie barbuda de Fidel Castro (e do seu apóstolo Ernesto Che Guevara) convenceram milhões de idiotas ao redor do planeta de que, em nuestra América, se não em todo o Terceiro Mundo, a violência, o terror, o esmagamento de qualquer laivo de independência intelectual, o ódio militante ao sucesso pessoal e ao trabalho lucrativo são a única via possível para a ‘justiça social’.
Ou será que a mídia imperialista é tão diabolicamente eficaz no mascaramento ideológico dos fatos que aquelas imensas filas de súditos cubanos dispostos a arriscar a vida na travessia marítima rumo à liberdade na Flórida eram, de fato, formadas por norte-americanos ansiosos por escapar das garras de Tio Sam e mergulhar nas delícias da disneylândia proletária administrada pelo clã Castro?...
Como ensina George Orwell, para os totalitarismos de todos os matizes o inimigo número 1 é sempre a realidade objetiva. O comunismo cubano, a exemplo de seus precursores e seguidores, na finada União Soviética, na China, em outras partes da Ásia ou na África, nutre-se e vive da mentira, pela mentira e para a mentira.
28 de novembro de 2016
Paulo Kramer é analista político, assessor parlamentar e professor aposentado da Universidade de Brasília.
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