"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

MACHADO DIZ QUE REPASSAVA 'MESADA' DE R$ 300 MIL A RENAN CALHEIROS

PROPINA DA TRANSPETRO
PRESIDENTE DO SENADO NEGA DINHEIRO EM CAIXA DOIS


DELATOR DIZ QUE DISCUTIA REPASSES EM REUNIÕES FREQUENTES COM O PEEMEDEBISTA (FOTO: ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO)


Em delação premiada na Operação Lava Jato, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado revelou que desvios em contratos da subsidiária da Petrobras renderam ao todo R$ 32 milhões em propina ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo Machado, os detalhes sobre os repasses eram combinados com o próprio Renan, em reuniões mensais ou bimestrais.

O delator contou aos investigadores que os pagamentos a Renan começaram em 2004 ou 2005, mas que, a partir de 2008, o presidente do Senado passou a receber uma “mesada” de R$ 300 mil, com codinomes para disfarçar o caminho do dinheiro.

Nos depoimentos, Machado revelou que o peemedebista tinha ciência de que o dinheiro seria produto de propina. “O contexto evidenciava que Renan Calheiros não esperava que o depoente fizesse aportes de seus recursos próprios, como pessoa física, e sim que o depoente, na qualidade de dirigente de empresa estatal, solicitasse propinas de empresas que tinham contrato com a Transpetro e as repassasse. E que os dois acertaram que o depoente procuraria repassar esses recursos ilícitos para Renan Calheiros”, diz trecho da delação.

Renan nega

O presidente do Senado disse nesta quarta-feira, 15, que o delator apenas cita seu nome, “mas não prova nada” que possa comprometê-lo.

“[Machado] cita, mas não prova nada. Com relação a mim, eu nunca autorizei ninguém para falar em meu nome em nenhum lugar. Todas as doações que recebi em campanhas, foram doações legais e com contas prestadas à Justiça e aprovadas. De modo que eu não tenho nada, absolutamente, a temer", disse.



15 de junho de 2016
diário do poder

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