A reação dos militares à resolução do Diretório Nacional do PT petistas foi repercutida pelo Estadão e pela revista Isto É. É óbvio que as Forças Armadas não iriam ficar caladas diante de um texto no qual os companheiros se confessam “descuidados” por não terem modificado os currículos das academias militares e por não terem promovido oficiais com “compromisso democrático e nacionalista”.
“O que eles queriam, que os militares tivessem ido para as ruas defender o governo? As Forças Armadas são uma instituição de Estado.
O erro dos petistas, entre outros, foi ter tentado nivelar o Brasil a governos populistas como Bolívia e Venezuela, na opinião do presidente do Clube Militar, general Gilberto Pimentel.em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
TOTAL DESCONHECIMENTO
De acordo com o general Rômulo Bini, ex-chefe do Estado Maior de Defesa, o documento expõe “total desconhecimento de como funcionam as Forças Armadas. Eles queriam militares que abaixassem a cabeça para eles, como se tivéssemos Forças Armadas bolivarianas como na Venezuela? Isso é um absurdo”.
Embora as falas sejam de oficiais da reserva, o mesmo sentimento foi observado entre oficiais-generais da ativa, que não se conformavam com a forma como foram tratados pelos petistas, no texto de mea-culpa do partido.
NO LIMITE
Na segunda-feira, 16, quando tomou posse no Ministério da Defesa, Raul Jungmann elogiou o comportamento das Forças Armadas durante “uma das mais severas crises enfrentadas pelo País”, lembrando que elas “se mantiveram impecáveis” e “no limite de suas competências”.
No mesmo tom, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, falando em nome das três Forças, ressaltou que “acertadamente as Forças Armadas se desengajaram da política partidária, deixando para os políticos esse engajamento”.
APARELHAMENTO
Um general quatro estrelas do Alto Comando do Exército, disse à reportagem que o mea-culpa do PT..” é uma confissão de tentativa de aparelhamento em vão das Forças Armadas”.
E questionou:
“E qual é o problema de as Forças Armadas terem cumprido o seu papel constitucional? Não é isso que teriam de fazer? O pior é que eles dizem e escrevem isso. O efeito no Exército está sendo semelhante a 1935, quando tentaram implantar o anticomunismo na Força.
Estão todos furiosos e incrédulos. Isso é quase uma declaração de guerra a nós”, emendou ele, acrescentando que “os petistas queriam que nós fôssemos Forças Armadas bolivarianas, como a da Venezuela ou da Bolívia, onde as Forças Armadas são instrumento do governo, e isso é inadmissível”.
Já o general Pimentel, do Clube Militar, emendou dizendo que “as escolas militares ensinam honestidade, competência e trabalho. Se eles queriam encontrar em nossos quadros oficiais socialistas para promover com certeza não iam encontrar de jeito nenhum e pode escrever isso com todas as letras”.
E questionou:
“E qual é o problema de as Forças Armadas terem cumprido o seu papel constitucional? Não é isso que teriam de fazer? O pior é que eles dizem e escrevem isso. O efeito no Exército está sendo semelhante a 1935, quando tentaram implantar o anticomunismo na Força.
Estão todos furiosos e incrédulos. Isso é quase uma declaração de guerra a nós”, emendou ele, acrescentando que “os petistas queriam que nós fôssemos Forças Armadas bolivarianas, como a da Venezuela ou da Bolívia, onde as Forças Armadas são instrumento do governo, e isso é inadmissível”.
Já o general Pimentel, do Clube Militar, emendou dizendo que “as escolas militares ensinam honestidade, competência e trabalho. Se eles queriam encontrar em nossos quadros oficiais socialistas para promover com certeza não iam encontrar de jeito nenhum e pode escrever isso com todas as letras”.
20 de maio de 2016
Moacir Pimentel
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