“Com esse tipo de coisa, estão plantando um forte antipetismo no Exército”, disse o comandante ao Estado, considerando que os termos da resolução petista _ e não apenas às Forças Armadas _ “remetem para as décadas de 1960 e de 1970″ e têm um tom “bolivariano”, ou seja, semelhante ao usado pelos regimes de Hugo Chávez e agora de Nicolás Maduro na Venezuela e também por outros países da América do Sul, como Bolívia e Equador.
PAPEL CONSTITUCIONAL
Segundo o general Villas Boas, o Exército, como Marinha e Aeronáutica, atravessam todo esse momento de crises cumprindo estritamente seu papel constitucional e profissional, sem se manifestar e muito menos sem tentar interferir na vida política do país. Ele espera, no mínimo, reciprocidade. Além dele, oficiais de altas patentes se diziam indignados contra a resolução do PT. Há intensa troca de telefonemas nas Forças Armadas nestes dois últimos dias.
Eis o parágrafo da Resolução do PT que irritou o Exército, na página 4 do documento:
“Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de 5 verbas publicitárias para os monopólios da informação.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Muito importante o artigo enviado pelo comentarista Moacir Pimentel. Demonstra que não há a menor possibilidade de intervenção militar. As Forças Armadas estão atentas ao momento político, mas sempre em seu papel constitucional. É a maior demonstração de amadurecimento democrático do país. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Muito importante o artigo enviado pelo comentarista Moacir Pimentel. Demonstra que não há a menor possibilidade de intervenção militar. As Forças Armadas estão atentas ao momento político, mas sempre em seu papel constitucional. É a maior demonstração de amadurecimento democrático do país. (C.N.)
20 de maio de 2016
Eliane Cantanhêde
Estadão
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