PROCURADORIA CHEGOU À CONCLUSÃO APÓS ANÁLISE DE OBRAS DESDE 2009
Praticamente todas as licitações das ferrovias Norte-Sul e Interligação Oeste-Leste no Estado de Goiás a partir de 2001 foram fraudadas por um cartel de empreiteiras que pagava propinas a funcionários da Valec, estatal do setor ferroviário responsável pelas obras.
PROCURADORIA CHEGOU À CONCLUSÃO APÓS ANÁLISE DE OBRAS DESDE 2009 |
Praticamente todas as licitações das ferrovias Norte-Sul e Interligação Oeste-Leste no Estado de Goiás a partir de 2001 foram fraudadas por um cartel de empreiteiras que pagava propinas a funcionários da Valec, estatal do setor ferroviário responsável pelas obras.
A conclusão é da Procuradoria da República em Goiás, que investiga os empreendimentos desde 2009 e, com o apoio da Lava Jato, que descobriu um conluio de empreiteiras na Petrobras, fechou acordos de leniência e de delação premiada com a Camargo Corrêa e executivos.
Com as informações da Lava Jato, o Ministério Público Federal em Goiás apresentou nova denúncia contra oito envolvidos no esquema de corrupção envolvendo as obras ferroviárias, incluindo o ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o Juquinha.
A Camargo Corrêa e executivos admitiram ilícitos nas obras, aceitaram devolver R$ 75 milhões e entregaram um "mapa" do cartel envolvendo a Norte-Sul e a Leste-Oeste, as principais obras ferroviárias do País.
O MPF e a Polícia Federal em Goiás também identificaram ao menos 10 licitações dos trechos das duas ferrovias da Valec que teriam sido fraudadas pelo cartel e tiveram um superfaturamento de mais de R$ 236 milhões, desde 2001.
Para o procurador Hélio Telho Corrêa Filho, autor da denúncia, o conluio das empreiteiras nas várias licitações ocorreu "com o beneplácito e a efetiva participação da diretoria da Valec, em especial do seu então presidente, José Francisco das Neves, e do seu Diretor de Engenharia, Ulisses Assad, que atuaram para beneficiar as empreiteiras e serem por elas recompensados com vantagens ilícitas (propina)".
A denúncia é um desdobramento da operação "O Recebedor", deflagrada no dia 26 de fevereiro a partir das informações da colaboração da Camargo Corrêa e que cumpriu 44 mandados de busca e apreensão e sete de condução coercitiva em Goiás e em mais seis Estados. A acusação está sob análise da 11ª Vara Federal de Goiás, onde também foi homologado o acordo de leniência da Camargo referente às obras da Valec.
A reportagem não localizou Ulisses Assad e a Valec não havia se manifestado até a publicação da reportagem. O advogado Heli Dourado, que foi denunciado junto com seu cliente, José Francisco das Neves, disse que ainda não foi notificado sobre as acusações e deve apresentar defesa assim que tomar conhecimento do caso.
20 de maio de 2016
diário do poder
Com as informações da Lava Jato, o Ministério Público Federal em Goiás apresentou nova denúncia contra oito envolvidos no esquema de corrupção envolvendo as obras ferroviárias, incluindo o ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o Juquinha.
A Camargo Corrêa e executivos admitiram ilícitos nas obras, aceitaram devolver R$ 75 milhões e entregaram um "mapa" do cartel envolvendo a Norte-Sul e a Leste-Oeste, as principais obras ferroviárias do País.
O MPF e a Polícia Federal em Goiás também identificaram ao menos 10 licitações dos trechos das duas ferrovias da Valec que teriam sido fraudadas pelo cartel e tiveram um superfaturamento de mais de R$ 236 milhões, desde 2001.
Para o procurador Hélio Telho Corrêa Filho, autor da denúncia, o conluio das empreiteiras nas várias licitações ocorreu "com o beneplácito e a efetiva participação da diretoria da Valec, em especial do seu então presidente, José Francisco das Neves, e do seu Diretor de Engenharia, Ulisses Assad, que atuaram para beneficiar as empreiteiras e serem por elas recompensados com vantagens ilícitas (propina)".
A denúncia é um desdobramento da operação "O Recebedor", deflagrada no dia 26 de fevereiro a partir das informações da colaboração da Camargo Corrêa e que cumpriu 44 mandados de busca e apreensão e sete de condução coercitiva em Goiás e em mais seis Estados. A acusação está sob análise da 11ª Vara Federal de Goiás, onde também foi homologado o acordo de leniência da Camargo referente às obras da Valec.
A reportagem não localizou Ulisses Assad e a Valec não havia se manifestado até a publicação da reportagem. O advogado Heli Dourado, que foi denunciado junto com seu cliente, José Francisco das Neves, disse que ainda não foi notificado sobre as acusações e deve apresentar defesa assim que tomar conhecimento do caso.
20 de maio de 2016
diário do poder
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