A pergunta é sobre o que acontecerá após este domingo, ao final da sessão, iniciada às 14 horas. Lamentos e comemorações ocuparão Brasília e o resto do país. Vai quebrar o pau, seja de que lado for. Não se supõe os manifestantes invadindo o prédio do Congresso nem o palácio do Planalto. E a presidente da República tomou suas precauções, ou seja, buscando abrigo no palácio da Alvorada, residência que ficará à sua disposição como moradia, enquanto durar o entrevero. Mesmo afastada da chefia do Executivo pelo máximo de 180 dias, ela diz que aguardará o pronunciamento do Senado, a palavra final.
Caraterizada a defenestração, sairá da História. Confirmada a permanência pelo Senado, precisará encontrar nova imagem para enfrentar a mais áspera de suas funções, de mudar o país de alto a baixo sob violenta rejeição.
MADAME NÃO DEU CERTO
O fenômeno que agora se desenvolve à vista de todos revela múltiplas faces. A primeira, de que Madame não deu certo. Seus planos e programas de governo deram em nada na medida em que o desemprego multiplicou-se, as oportunidades minguaram, as fábricas fecharam, a atividade econômica escafedeu-se e os serviços públicos foram para o brejo.
Há quem julgue exagerada essa visão e até faça parte de uma trama engendrada pelos economicamente poderosos para recuperarem seus privilégios. Afinal, certas iniciativas no campo social, estabelecidas pelo governo Lula, prejudicaram a vida das elites. Elas aproveitaram a oportunidade do fracasso na economia para tirar a forra. Claro que impulsionadas pela incompetência.
CORRUPÇÃO
Junte-se a isso a avalancha da corrupção, estimulada pelos que se imaginaram donos do poder, leia-se PT, Lula e penduricalhos.
Aí está o resultado: quase todos envolvidos nas facilidades de um sistema podre, de um lado, e outros em cobrar o tempo perdido. No meio, o cidadão comum. Será esse o que vai para as ruas, exigindo compensações? Pode ser que não, preparando-nos ainda para o pior…
18 de abril de 2016
Carlos Chagas
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