"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

A PREVISÃO DO PLACAR IMPLACÁVEL...

O comentarista Wagner Pires previu o placar do impeachment, com precisão absoluta


Ilustração artística do UOL (Arquivo Google)
















Os prognósticos do comentarista Wagner Pires se confirmaram de forma impressionante. Com uma semana de antecedência, em artigo aqui naTribuna da Internet, com base no levantamento do Estadão sobre a tendência de voto dos deputados, Wagner Pires previu que o resultado da votação da Câmara seria de 369 a favor e 144 contra.
Nem foi preciso considerar os chamados desvios-padrão, que a estatística registra neste tipo de cálculo, porque Wagner Pires acertou em cheio, tanto os votos a favor como os contrários. No dia em que analisou os números, ele não poderia prever as duas ausências – de Clarissa Garotinho (PSC-RJ) e de Anibal Gomes (PMDB-CE. Um desses votos estava garantido a favor do impeachment, pois Clarissa chegou a tirar voto em plenário enrolada à bandeira verde e amarela, seu partido se posicionou em bloco a favor, não deu um só voto para Dilma. E o deputado Anibal Gomes também tido como apoiador do impeachment, o que completaria os 369 votos calculados pelo comentarista da TI.
ACERTANDO EM CHEIO
Além de prever com absoluta precisão o total de deputados a favor do impeachment, Wagner Pires acertou em cheio também o número de votos que a presidente Dilma Rousseff conseguiria – 144. Ao final da sessão, foram anunciados 137 votos a favor da permanência dela e 7 abstenções. Neste tipo de votação, a abstenções são contadas como votos contra o impeachment. Todas elas, aliás, foram “justificadas” em função de fechamento de questão pelo partido, vejam a que ponto vai a desfaçatez dos chamados indeci$o$.
A propósito, a compra de votos se revelou claramente na posição dos deputados do Ceará, cooptados pelo líder do Governo José Guimarães, que se tornou famoso como o deputado dos “dólares na cueca”, e também na bancada baiana, por influência do ministro Jaques Wagner, que sabia com quem podia contar, neste particular.
DILMA TINHA CHANCE DE 0,1%
Com firmeza absoluta, Wagner Pires afirmou que era é impossível ao governo atingir a marca dos 171 votos contrários ao impeachment na Câmara dos Deputados.
“E isto porque, de acordo com a contagem atualizada, mesmo se todos os 30 deputados – que ainda não declararam seus votos – votassem (por uma hipótese estatisticamente improvável) contra o impeachment, daria a Dilma apenas (133 + 30 = 163) 163 votos a seu favor, isto é, menos que os 171 votos necessários para impedir o impeachment. E a certeza estatística de 99,9% calculada aqui na Tribuna da Internet a partir da amostra inicial do jornal Estadão – de que Dilma seria impedida – vai sendo confirmada”, escreveu Wagner Pires, acertando verdadeiramente na mosca.

18 de abril de 2016
Carlos Newton

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