"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

DEPUTADOS PARECEM DIZER A DILMA: "É A ECONOMIA, ESTÚPIDA!"


deputados tirando selfie
No plenário, ninguém presta atenção aos discursos































A sessão para julgamento do parecer favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff é insuportável. Os líderes dos partidos se revezam na tribuna, pronunciando discursos longos e chatíssimos, todos querem mostrar erudição, em busca daqueles quinze minutos de fama, na visão do célebre artista plástico e animador cultural Andy Warhol.
As emissoras abertas continuaram com suas programações normais, apenas a Rede TV! acompanhou a sessão desde o início, com repórteres circulando no Salão Verde da Câmara, entremeando com imagens dos discursos dos líderes, na transmissão da TV Câmara.
Ao contrário do que seria de esperar, os discursos não estão focados nas acusações de crimes de responsabilidade contra a governanta. Os oradores dão muito mais importância à crise econômica, com destaque para o crescente desemprego, a recessão prolongada, a tenebrosa queda do PIB e por aí em diante.
Esta situação faz lembrar a célebre frase de James Carville, então assessor da campanha de Bill Clinton em 1992, ao prever que o então presidente George Bush pai seria derrotado na tentativa de reeleição. “É a economia, estúpido!”, disse Carville, resumindo o fator decisivo para a vitória de Clinton naquele ano – os eleitores estavam mais preocupados com a crise econômica que com o triunfo de Bush na Guerra do Golfo.

18 de abril de 2016
Carlos Newton

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