A Polícia Federal e o Ministério Público reagiram à entrevista delirante de Eugênio Aragão, que certamente errou na dose de ayahuasca antes falar com a Folha de S. Paulo, ao ameaçar afastar as equipes da Lava Jato se houver vazamento de informações, mesmo que não haja provas contra os federais.
O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Carlos Miguel Sobral, acusou o ministro de querer destruir a Lava Jato:
“Isso demonstra duas coisas: revela a vulnerabilidade da Polícia Federal, que não tem sua autonomia garantida na Constituição e na lei, e exibe também a pressa em acabar com a maior investigação de combate ao crime organizado da história do Brasil”.
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho Cavalcanti, também reagiu:
“O ministro escorregou ou está fazendo um discurso político ao falar em extorsão. Não há extorsão alguma. Não há delação premiada sem voluntariedade no Brasil e nem na Lava Jato. O ministro disse que há uma politização dos agentes de Estado. Com todo respeito, ao falar em extorsão, quem está tentando politizar a Lava Jato é o ministro da Lava Jato. Todas as delações foram tomadas com voluntariedade e analisadas por um Judiciário técnico e livre”.
UNIÃO DO VEGETAL
Como se sabe, o novo ministro Eugênio Aragão é adepto da seita do Santo Daime e declarou que não tem frequentado a União do Vegetal “por falta de tempo”.
Então, vamos lhe dar esse tempo, afastando-o imediatamente do cargo a que foi indevidamente alçado.
21 de março de 2016
Deu em O Antagonista
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