O comentarista Néllio Jacob, que é mestre em exercitar o poder da síntese, conseguiu dar uma lição a grande número de analistas e cientistas políticos que ainda não conseguiram se situar em relação à gravíssima crise que o país atravessa. Em poucas palavras, Jacob deu um recado que não pode sofrer contestação:
“Quando um paciente tem duas doenças, os médicos dão atenção primeiro à mais grave. No caso de Dilma e Eduardo Cunha, qual dos dois é mais prejudicial ao país? O que for considerado mais nocivo ao Brasil deve ser o primeiro a ser atacado e condenado. Enquanto o processo contra Cunha não definir se ele é culpado ou não, continuará sendo presidente da Câmara. Da mesma forma, a senhora Dilma continuará a ser presidente enquanto não for considerada culpada e sofrer o impeachment. Se Eduardo Cunha não é digno de presidir a Câmara dos Deputados, em contrapartida, Dilma Rousseff também não é digna de presidir a nação. É uma briga entre o roto e a esfarrapada, mas por bom senso deve-se prestar atenção no ditado que diz: dos males o menor”.
Não há dúvida de que Eduardo Cunha é um crápula, esta conceituação é consensual. Mas o fato mais importante é que Dilma Rousseff não sabe governar e está levando o país a um abismo absoluto e não aparece um assessor com o mínimo de inteligência para lhe dizer: “É a economia, estúpida!”.
Ia entrar na História como a primeira mulher a presidir o Brasil, mas vai ficar conhecida como a governante (ou governanta, se usarmos seus critérios linguísticos) que fez a pior administração de todos os tempos. Como se dizia antigamente, não é para qualquer um, não.
A votação secreta para definir a Comissão Especial do Impeachment não dá margem a dúvidas. Dos 513 deputados, 272 se mostraram claramente a favor de afastá-la do governo e 199 se manifestaram a favor do governo de Dilma Rousseff.
Acontece que esta votação foi secreta. Muitos deputados que mamam nas tetas do governo puderam se manifestar com total segurança. Foram 199, repita-se, e ela só precisa de 171 no total de 512, porque o presidente da Câmara não tem direito a voto. Ou seja, aparentemente, Dilma teve 28 votos a mais, estaria com o mandato garantido.
Mas o cálculo não pode ser feito assim tão prosaicamente. A votação do impeachment é aberta. Cada deputado terá de se apresentar ao microfone do plenário e proclamar seu voto, como aconteceu no impeachment de Collor, que na última hora perdeu votos que considerava absolutamente certos.
A votação da Comissão Especial, com 199 votos a favor do governo, mostra que Dilma hoje até conseguiria escapar do impeachment, mas acontece que ela está em viés de baixa, vai perdendo apoio com o passar do tempo.
Esta quarta-feira, discursando em Rondônia, a presidente mostrava o desgaste que vem sofrendo. Por baixo da pesada maquiagem, as olheiras escuras e o abatimento eram perceptíveis. Parecia uma mulher à beira de um ataque de nervos.
“Quando um paciente tem duas doenças, os médicos dão atenção primeiro à mais grave. No caso de Dilma e Eduardo Cunha, qual dos dois é mais prejudicial ao país? O que for considerado mais nocivo ao Brasil deve ser o primeiro a ser atacado e condenado. Enquanto o processo contra Cunha não definir se ele é culpado ou não, continuará sendo presidente da Câmara. Da mesma forma, a senhora Dilma continuará a ser presidente enquanto não for considerada culpada e sofrer o impeachment. Se Eduardo Cunha não é digno de presidir a Câmara dos Deputados, em contrapartida, Dilma Rousseff também não é digna de presidir a nação. É uma briga entre o roto e a esfarrapada, mas por bom senso deve-se prestar atenção no ditado que diz: dos males o menor”.
Não há dúvida de que Eduardo Cunha é um crápula, esta conceituação é consensual. Mas o fato mais importante é que Dilma Rousseff não sabe governar e está levando o país a um abismo absoluto e não aparece um assessor com o mínimo de inteligência para lhe dizer: “É a economia, estúpida!”.
Aguentar mais três anos de Dilma significa uma punição que os brasileiros, decididamente, não merecem. Tudo o que ela faz dá errado. Pegou o país com o PIB em alta, subindo 7,5% em 2010, e quatro anos depois vai encarar uma queda de 4,5%, o que significa que já ela derrubou a economia em exatos 12%.
Ia entrar na História como a primeira mulher a presidir o Brasil, mas vai ficar conhecida como a governante (ou governanta, se usarmos seus critérios linguísticos) que fez a pior administração de todos os tempos. Como se dizia antigamente, não é para qualquer um, não.
A votação secreta para definir a Comissão Especial do Impeachment não dá margem a dúvidas. Dos 513 deputados, 272 se mostraram claramente a favor de afastá-la do governo e 199 se manifestaram a favor do governo de Dilma Rousseff.
Acontece que esta votação foi secreta. Muitos deputados que mamam nas tetas do governo puderam se manifestar com total segurança. Foram 199, repita-se, e ela só precisa de 171 no total de 512, porque o presidente da Câmara não tem direito a voto. Ou seja, aparentemente, Dilma teve 28 votos a mais, estaria com o mandato garantido.
Mas o cálculo não pode ser feito assim tão prosaicamente. A votação do impeachment é aberta. Cada deputado terá de se apresentar ao microfone do plenário e proclamar seu voto, como aconteceu no impeachment de Collor, que na última hora perdeu votos que considerava absolutamente certos.
Já dissemos aqui na Tribuna da Internet que o tempo conspira contra Dilma, porque a cada dia surgem novas revelações sobre corrupção na Petrobras e em outras estatais. Como se viu esta quarta-feira, as investigações chegam cada vez mais perto da família Lula da Silva e de pessoas diretamente ligadas a Dilma Rousseff, como o executivo Valter Cardeal, diretor da Eletrobras, que está envolvido em falcatruas. É um nunca-acabar de escândalos e o senador Delcídio Amaral decidiu fazer delação premiada.
A votação da Comissão Especial, com 199 votos a favor do governo, mostra que Dilma hoje até conseguiria escapar do impeachment, mas acontece que ela está em viés de baixa, vai perdendo apoio com o passar do tempo.
Esta quarta-feira, discursando em Rondônia, a presidente mostrava o desgaste que vem sofrendo. Por baixo da pesada maquiagem, as olheiras escuras e o abatimento eram perceptíveis. Parecia uma mulher à beira de um ataque de nervos.
E foi nessa condição que ela pegou o Aerolula e voltou a Brasília, para se encontrar com o vice Michel Temer e fazer a derradeira tentativa de convencê-lo a se posicionar contra o impeachment.
É claro que não foi bem sucedida. Temer já mandou fazer o terno da posse e está escolhendo os principais nomes de seu ministério.
10 de dezembro de 2015
Carlos Newton
10 de dezembro de 2015
Carlos Newton
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