"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

SOS INTERNACIONAL PARA DERROTAR O IMPEACHMENT

Políticos brasileiros sempre respeitaram a regra não escrita de evitar discutir problemas internos em viagens ao exterior. Principalmente se no exercício da presidência da República.

A regra afrouxou devido à presença de jornalistas daqui com suas perguntas embaraçosas. Mesmo assim, determinadas perguntas ficam sem resposta. Ou só são respondidas depois do desembarque no Brasil.

Dilma – sempre ela! – está inovando.

Desde que seu pedido de impeachment foi acolhido pelo presidente da Câmara dos Deputados, ela já conversou por telefone com meia dúzia de chefes de Estado. E por iniciativa dela, abordou a situação que vive hoje.

Foi assim com chefes de Estado dos Brics - Rússia, Índia, China e África do Sul. Foi assim com Angela Merkel, a chanceler alemã. E com Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, que devolveu a ligação.

Com todos, Dilma fez questão de dizer que o impeachment se deve a um ato de vingança de Eduardo Cunha e que configura uma tentativa de “golpe institucional”. Mas que ela vencerá no fim.

Alguns embaixadores brasileiros, por orientação do governo, foram acionados para fazer contatos com pessoas que possam influenciar governos e a mídia internacional e leva-los a ver com simpatia a situação de Dilma.

Fez parte dessa operação, digamos, de relações públicas o discurso feito, ontem, por Lula em Berlim, denunciando o “golpe”. Lula repetirá o discurso em sua visita a Madri, aonde será recebido pelo Rei Felipe da Espanha.

O governo espera que ONGs e entidades internacionais ligadas a partidos e a movimentos sociais se pronunciem em favor "da legalidade" no Brasil.



10 de dezembro de 2015
Ricardo Noblat

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