O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro José Antonio Dias Toffoli, considera um “passo atrás” a impressão pela urna eletrônica do voto do eleitor. Para implementar o projeto, o ministro informa que o tribunal gastará R$ 1,7 bilhão.
Na noite desta quarta (18), o Congresso derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff à lei que prevê a impressão do registro do voto.
De acordo com Dias Toffoli, não há tempo hábil para implementar a medida nas eleições de 2016. O procedimento, segundo ele, deve ser adotado nas eleições gerais de 2018.
“Uma das vantagens da urna eletrônica foi acabar com a intervenção humana. A intervenção humana não deixa rastro. A intervenção tecnológica deixa rastro e é possível de ser auditada”, afirma.
O ministro Toffoli entende que a adoção deste processo pode atrasar o resultado da eleição, caso algum candidato questione a apuração. Além de deixar brechas na recontagem dos votos.
“Isso criará a situação de análise por humanos. Se houver pedidos de recontagem será feita por humanos. Vocês lembram que no passado podia haver diferença entre o voto contado e o voto dado pelo mesário. É um passo atrás na cultura política brasileira”, disse o ministro.
EVENTO NO RIO
Dias Toffoli está no Rio para participar da 10ª Reunião Interamericana de autoridades eleitorais. O evento que acontece nesta quinta (19) e na sexta (20) tem representantes de países filiados a OEA (Organização dos Estados Americanos) e foi organizado pelo TSE.
Dos países filiados apenas Argentina e Venezuela não mandaram representantes ao encontro. Ambos alegaram estar envolvidos com as eleições: a Argentina no domingo (22) e a Venezuela em 6 de dezembro.
A reforma eleitoral, o financiamento de campanha e o uso de mídias sociais serão alguns dos temas debatidos no encontro. (FolhaPress)
21 de novembro de 2015
Deu em O Tempo
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