A holding Invepar, nos últimos dois anos e meio findos em junho de 2015, gastou R$199.887.000,00 - isto mesmo, quase 200 milhões de reais - com consultoria e assessoria, assim distribuídos:
2013 - R$77.767.000,00
2014 - R$92.070.000,00
2015 - R$30.050.000,00 (até junho)
No mesmo período, o desempenho da holding foi catastrófico: prejuízo acumulado de R$1.097.419.000,00, conforme abaixo:
2013 - Lucro de R$165.000.000,00
2014 - Prejuízo de R$477.024.000,00 (entrada em operação plena de Guarulhos no segundo trimestre)
2015 - Prejuízo de R$785.395.000,00 (até junho - Guarulhos é responsável por 85% desse prejuízo)
É interessante notar que em 2013 a despesa com consultores representou 47% do lucro líquido da holding (controladora mais subsidiárias). Quanto aos anos seguintes, cabe apenas a constatação de que os consultores e assessores aparentemente não ajudaram muito.
Mais uma vez, clamo aos senhores conselheiros para que convoquem o sr. presidente da Petros, que é conselheiro da Invepar, agora para justificar tamanha despesa com consultores e assessores. A verba paga uma legião de 130 profissionais regiamente remunerados à razão de R$50.000,00 mensais. Não ouso condenar a priori, mas me parece extremamente exagerado gastar com consultores 15% do que se gasta com uma folha de 8000 empregados. Quem colocou parte de seu patrimônio nesse negócio tem direito a uma explicação.
E aos que dão apoio aos trabalhos da CPI dos fundos de pensão sugiro que examinem mais essa questão relativa à Invepar, lembrando que essa companhia é praticamente controlada pelo governo federal, pois 3/4 de sua participação acionária pertence à Previ, Petros e Funcef, o restante pertencendo à OAS, empreiteira envolvida na operação Lava a Jato.
17 de novembro de 2015
Raul Rechden é Engenheiro aposentado da Petrobras
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