"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

ELEITORES ARGENTINOS PODEM APLICAR UM GOLPE FATAL CONTRA O FORO DE SÃO PAULO

Transcrevo do site Mídia Sem Máscara um excelente artigo da jornalista Graça Salgueiro, especialista em América Latina. Analisa a política argentina que está fervilhando em favor da oposição. Neste caso, a grande mídia praticamente ignora o que rola no vizinho país. Estivesse ocorrendo o contrário por certo haveria uma torrente de matérias sobre o assunto. O noticiário internacional de todos os veículos de mídia brasileiros são controlados pelos esbirros do Foro de São Paulo e filtram as informações de forma malandra quando não as ignoram ou distorcem a verdade dos fatos.
Creio que este texto de Graça Salgueiro coloca as coisas no seu devido lugar trocando em miúdos o que realmente está acontecendo neste período que antecede o segundo turno da eleição presidencial argentina. Leiam:
Daniel Scioli (esq.) enfrentará Mauricio Macri (centro) no próximo 22 de novembro. A quem Sergio Massa (dir.) apoiará?(Foto AFP/Mídia Sem Máscara)
ADEUS À DINASTIA K?
A Argentina foi às urnas em 25 de outubro de 2015 para eleger seu novo presidente da República. Embora tivesse tentado por todos os meios, Cristina Kirchner não conseguiu sua terceira eleição, como já fizeram seus camaradas do Foro de São Paulo Evo Morales, Rafael Correa, Daniel Ortega e Hugo Chávez, agora na pessoa nefasta de Nicolás Maduro.
Toda a imprensa nacional e internacional dava como favas contadas a vitória do candidato kirchnerista Daniel Scioli, porém, fartos de tanta roubalheira, inflação (que já atinge a casa dos dois dígitos), insegurança e miséria, os eleitores disseram não à continuidade levando dois candidatos ao segundo turno que acontecerá em 22 de novembro: o opositor Mauricio Macri, da aliança Cambiemos, e Scioli, do FpV (Frente para a Vitoria).
Diferente do Brasil, para se eleger em primeiro turno o candidato tem que obter mais de 45% dos votos ou 40% com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado. Se isso não ocorrer, então há um segundo turno. 
Segundo uma sondagem realizada hoje (28.10) por González y Valladares, se a eleição fosse hoje Macri teria 45,6% contra 41,5% de Scioli. Por outro lado, dos eleitores de Sergio Massa, do UNA (Una Nueva Alianza) que ficou em terceiro lugar, 45% votaria em Macri, 22,3% votaria em Scioli e 24,5% ainda não decidiu em quem votará. Já dos eleitores de Scioli, 1,2% votaria em Macri e dos votantes deste, apenas 0,7% votaria em Scioli.
Scioli é governador de Buenos Aires desde 2007 e foi apadrinhado por Cristina desde cedo. Macri é o prefeito de Buenos Aires, empresário liberal, social-democrata e principal opositor à dinastia K, fez sua campanha baseada nos anseios do povo, com um discurso tranqüilo mas firme. Em algum momento, antes e depois do pleito do dia 25, lembrei de discursos já vistos, como Juan Manuel Santos da Colômbia, Aécio, aqui no Brasil e oxalá esteja enganada.
Massa, por sua vez, que é ex-ministro de Kirchner e passou à oposição em 2013, baseou sua campanha no combate ao narco-tráfico que cresce assustadoramente na Argentina e agora que não é mais candidato, deixou transparecer que apoiará Macri embora não tenha dito abertamente.
Tudo leva a crer que Macri sairá vencedor no segundo turno e, embora não seja o candidato ideal, é o melhor que se apresenta para sepultar o peronismo esquerdista que há mais de uma década saqueia e destrói a Argentina com os comunistas Kirchner. Será também em duro golpe às “Mães e Avós da Praça de Maio”, com a terrorista Hebe de Bonafini à cabeça.
Nesse domingo também houve eleição para prefeitos e governadores e, embora ainda não tenham divulgado os resultados finais, os K foram duramente golpeados, sobretudo em Buenos Aires. Dona Cristina armou um circo junto com seu chanceler Héctor Timerman, acusando a Comissão Interamericana de Direitos Humanos de “conspirar” contra a Argentina. Timerman, para quem não lembra, está envolvido com o acordo com o Irã que praticou o ato terrorista contra a AMIA e que acabou levando à morte (leia-se assassinato) do promotor Alberto Nisman, por descobrir e denunciá-los.
Já está em tempo de pôr um fim nessa destruição macabra e assassina, da perseguição aos que combateram o terrorismo comunista das décadas de 70-80 e do endeusamento dos terroristas do ERP e Montoneros, dos quais os “monarcas” K foram membros.
Na Guatemala, no mesmo domingo, também houve eleições presidenciais depois que foi deposto Otto Pérez Molina por corrupção desenfreada, e o vencedor foi o comediante Jimmy Morales, evangélico, de direita, que elegeu-se com o mote de “combate à corrupção”. 
Na Colômbia houve eleições para prefeito e, embora o candidato uribista Francisco “Pacho” Santos não tenha conseguido se eleger, o partido Centro Democrático, de Uribe, fez um grande estrago, acabando com os sonhos do comunista partido Polo Democrático, principal apoio das FARC.
Como se vê, o panorama político da região está dando socos no estômago do Foro de São Paulo mas ainda há muito o que fazer. Não esmoreçamos nem percamos a esperança!

10 de novembro de 2015
Graça Salgueiro

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