Só não ouve a voz das ruas quem acha cômodo se fazer de surdo. Neste período de declaração do Imposto de “Renda” da pessoa física (atingindo o fruto do trabalho e único meio de sobrevivência a duras penas), é evidente que vivenciamos uma tributação regressiva, em que um trabalhador comum paga caro e não vê retorno no nosso fraudulento “estado de bem estar social”.
Somando-se aos demais tributos e aos constantes desvios, não nos sentimos contribuintes, mas extorquidos, violentados, currados de um lado por juros exorbitantes e de outro por tributação injustificável para manter os luxos da nobre e soberba corte da roubalheira que exploram os três Poderes.
Todos gritam que devem ser cortados os gastos excessivos com cargos comissionados para agradar amigos e amantes, eliminando-se também os privilégios típicos de uma corte absolutista, que faz uma incrível e desavergonhada farra com nosso dinheiro, inclusive por meio de empréstimos privilegiados via BNDES (que não mais fomenta desenvolvimento econômico e social, dedicando-se a fraudes de locupletamento ilícito e pessoal).
INCENTIVO À PRODUÇÃO
Carecemos, sobretudo, de um ambiente menos massacrante para os empreendedores, com incentivo aos empresários, para que possa haver aumento da concorrência, principal fonte de regulação autêntica de preços e de elevação da qualidade. Não vivemos em um ambiente liberal, mas num protetorado estatal de pequenos grupos oligárquicos, semelhantes aos russos pós-privatizações da década de 1990, com surgimento de verdadeiras máfias, envolvidas e protegidas pelo aparelhamento estatal, sempre voltadas para o assalto e o enriquecimento pessoal.
Temos um Estado que não garante sequer a ordem pública e se finge de prestador de serviços, que mais servem ao favorecimento pessoal e aos desvios de recursos. Estamos cansados deste modelo. Queremos industrialização e tecnologia de ponta, também no meio rural, abrindo espaço para estudiosos e empreendedores brasileiros, seguindo os comprovados caminhos para o desenvolvimento nacional, que não necessita de um Estado pesado, ladrão, patrimonialista, ultraintervencionista (para beneficiar pequenos grupos e enriquecer ligados ao primeiro escalão) e conservador do atraso.
Não precisamos dessa república velha, oligarca, defensora dos interesses da própria corte e de seus amigos. Interessada na manutenção da condição subalterna e colonial do Brasil. Parem de esmagar os brasileiros e eles, sozinhos, alcançarão o desenvolvimento.
06 de abril de 2015
Pedro Ricardo Maximino
Nenhum comentário:
Postar um comentário