Os governos do Brasil, Argentina e Venezuela, entre outros que dançavam ciranda-cirandinha com Cuba no Foro de São Paulo, devem estar atônitos.
Toda essa turma dos partidos de esquerda da América Latina formou seus quadros e suas milícias com corações e mentes seduzidos pelo lero-lero de Fidel Castro. Cuba, mais que o modelo, era a inspiração. Era o ponto final da peregrinação. Era Roma, Santiago de Compostela, Jerusalém, Meca das esquerdas ibero-americanas.
Por ali foram e por seus fundamentos andaram os governos de Chávez, Maduro, Kirchners, Evo Morales, Rafael Correa, Lula, Dilma e muitos outros. Depois de uma década, há mais burros n’água do que fora d’água. Aqui na nossa volta, onde a gente acompanha melhor, os três países mencionados acima, os mais ruidosos e ativos no neocomunismo, estão com as respectivas economias aos pandarecos e os governos com o prestígio no chão. Exatamente como Cuba, há mais de meio século, para quem a conhece.
Imagino, então, a surpresa de todos ao verem que os negócios daquela ilha pertencente à firma Castro&Castro Cia. Ltda. passam a ser feitos com o Império, com os ianques, com o grande satã do Norte, sob cujo guarda-chuva passaram a se abrigar os proprietários de Cuba. A imagem da charge acima é simplesmente brilhante!
06 de abril de 2015
Percival Puggina
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