Petrolão: PT teme multa milionária por participação em escândalo e o fim do partido
Após denúncias da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que investiga denúncias de corrupção na Petrobras, o maior temor do Partido dos Trabalhadores, segundo informações, é perder a legenda. A cassação ou inviabilização do PT não é descartada por integrantes do partido.
O PT tem a real chance de ser penalizado financeiramente e ter de ressarcir os cofres públicos no rastro do Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história da humanidade. O valor da multa ainda não foi divulgado, mas pode chegar à US$ 200 milhões, o que oficialmente inviabilizaria a legenda.
O montante foi calculado pelos próprios petistas com base nos valores que Pedro Barusco, ex-gerente de Engenharia da Petrobras, revelou em depoimento de delação premiada à Justiça. De acordo com integrantes da cúpula petista, se a multa for aplicada, o partido implodirá.
De acordo com a denúncia de Barusco, entre os anos de 2003 a 2013, o PT teria recebido entre aproximadamente R$ 200 milhões de reais em propina de 90 contratos firmados com a Petrobras. O cálculo foi feito tendo em vista o que ele mesmo recebeu no esquema de corrupção da estatal.
Ainda segundo o ex-gerente, João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido preso na última quarta-feira, seria o responsável pelo recebimento da propina destinada ao PT.
Na última sexta-feira (17), o PT anunciou que os diretórios nacional, estaduais e municipais da sigla não vão mais receber doações empresariais. A informação foi divulgada por Rui Falcão, presidente do partido e defensor do fim do financiamento empresarial de campanhas políticas.
A decisão foi anunciada um mês depois que a Operação Lava Jato revelou que o financiamento empresarial de campanhas eleitorais foi usado como um método para maquiar propinas.
Atualmente o Congresso discute uma reforma política que modifique as regras do financiamento de campanhas eleitorais no país. Hoje, esse financiamento é misto: poder público, pessoas físicas e empresas contribuem.
O PMDB, principal aliado do governo, defende a garantia das doações empresariais.
20 de abril de 2015
ucho.info
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