EMPRESAS DE PORTUGAL, ESPANHA E INGLATERRA SÃO AFETADAS PELA CRISE
A CRISE DA PETROBRAS PROVOCOU A FALÊNCIA DE FORNECEDORES
E AFETOU AS EMPRESAS EUROPEIAS.
A petrolífera portuguesa Galp, a espanhola Repsol, a italiana Saipem e a britânica BG Group estão entre as seis empresas europeias que sentiram o impacto da crise financeira que atravessa a Petrobras e dificulta as operações dos seus fornecedores. "A reprogramação do plano de negócios [no Brasil] é mais devido à falência de empresas prestadoras de serviços à Petrobras", disse o presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, em declarações aos jornalistas durante encontro com investidores, em Londres, em meados de março.
Segundo ele, o problema é povocado por seis plataformas que deveriam entrar em operação em 2017 e que agora só deverão começar a funcionar em 2018, explicou, o que teve um impacto: "O nosso diagnóstico dita um ano de atraso, mas é uma estimativa da média de todos os atrasos", adiantou Ferreira de Oliveira.
Contactada pela agência de notícias Lusa, a Galp evitou comentar diretamente a situação na Petrobras, a petrolífera brasileira a braços com uma crise financeira motivada pelas restrições impostas pelas autoridades no seguimento das investigações do processo Lava-Jato, que investiga corrupção de ex-diretores e políticos ligados aos governos Lula e Dilma.
As empresas europeias enfrentam dificuldades e atrasos nos pagamentos, de acordo com a contabilização feita pela agência de informação financeira Bloomberg. No princípio da década, a Saipem investiu US$ 300 milhões no Brasil, juntando-se a uma longa lista de empresas que queriam ter negócios com a Petrobras, uma pujante companhia petrolífera brasileira que "prometia" grandes descobertas de petróleo no "pré-sal", e investia mais de US$ 100 milhões por dia.
Agora, o escândalo financeiro e político obriga a empresa a cortar nas despesas, a vender ativos superiores a US$ 13 bilhões de dólares e está arredada, na prática, dos mercados internacionais, com deterioração do rating das agências de risco.
"O Brasil é um grande mercado; quando para, isso afeta toda a indústria", admitiu o presidente executivo da Siem Offshore, empresa operadora de navios de abastecimento petrolífero, que enfrenta agora o problema de saber se os quatro a seis navios que estão reservados para a Petrobras vão ou não ser necessários.
A Halliburton, um gigante petrolífero mundial, assumiu também que a situação na Petrobras implica novos "desafios" para a companhia, com a atividade no país a continuar a decair, e outras empresas admitiram também, durante as sessões de apresentações de resultados aos investidores, que há atrasos nos pagamentos da Petrobras e até pedidos explícitos de adiamento de contratos, de acordo com a compilação feita pela agência Bloomberg.
Na terça-feira, a presidente do Brasil garantiu em entrevista que a Petrobras iria, até ao final de abril, apresentar o balanço que tem sido sucessivamente adiado.
Dilma Rousseff negou que tivesse conhecimento dos subornos praticados na empresa que dirigiu entre 2003 e 2010 e, no mesmo dia, as ações subiram significativamente, também por causa da notícia do empréstimos de US$ 3,5 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China, braço financeiro do governo chinês.
05 de abril de 2015
diario do poder
A CRISE DA PETROBRAS PROVOCOU A FALÊNCIA DE FORNECEDORES
E AFETOU AS EMPRESAS EUROPEIAS.
A petrolífera portuguesa Galp, a espanhola Repsol, a italiana Saipem e a britânica BG Group estão entre as seis empresas europeias que sentiram o impacto da crise financeira que atravessa a Petrobras e dificulta as operações dos seus fornecedores. "A reprogramação do plano de negócios [no Brasil] é mais devido à falência de empresas prestadoras de serviços à Petrobras", disse o presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, em declarações aos jornalistas durante encontro com investidores, em Londres, em meados de março.
Segundo ele, o problema é povocado por seis plataformas que deveriam entrar em operação em 2017 e que agora só deverão começar a funcionar em 2018, explicou, o que teve um impacto: "O nosso diagnóstico dita um ano de atraso, mas é uma estimativa da média de todos os atrasos", adiantou Ferreira de Oliveira.
Contactada pela agência de notícias Lusa, a Galp evitou comentar diretamente a situação na Petrobras, a petrolífera brasileira a braços com uma crise financeira motivada pelas restrições impostas pelas autoridades no seguimento das investigações do processo Lava-Jato, que investiga corrupção de ex-diretores e políticos ligados aos governos Lula e Dilma.
As empresas europeias enfrentam dificuldades e atrasos nos pagamentos, de acordo com a contabilização feita pela agência de informação financeira Bloomberg. No princípio da década, a Saipem investiu US$ 300 milhões no Brasil, juntando-se a uma longa lista de empresas que queriam ter negócios com a Petrobras, uma pujante companhia petrolífera brasileira que "prometia" grandes descobertas de petróleo no "pré-sal", e investia mais de US$ 100 milhões por dia.
Agora, o escândalo financeiro e político obriga a empresa a cortar nas despesas, a vender ativos superiores a US$ 13 bilhões de dólares e está arredada, na prática, dos mercados internacionais, com deterioração do rating das agências de risco.
"O Brasil é um grande mercado; quando para, isso afeta toda a indústria", admitiu o presidente executivo da Siem Offshore, empresa operadora de navios de abastecimento petrolífero, que enfrenta agora o problema de saber se os quatro a seis navios que estão reservados para a Petrobras vão ou não ser necessários.
A Halliburton, um gigante petrolífero mundial, assumiu também que a situação na Petrobras implica novos "desafios" para a companhia, com a atividade no país a continuar a decair, e outras empresas admitiram também, durante as sessões de apresentações de resultados aos investidores, que há atrasos nos pagamentos da Petrobras e até pedidos explícitos de adiamento de contratos, de acordo com a compilação feita pela agência Bloomberg.
Na terça-feira, a presidente do Brasil garantiu em entrevista que a Petrobras iria, até ao final de abril, apresentar o balanço que tem sido sucessivamente adiado.
Dilma Rousseff negou que tivesse conhecimento dos subornos praticados na empresa que dirigiu entre 2003 e 2010 e, no mesmo dia, as ações subiram significativamente, também por causa da notícia do empréstimos de US$ 3,5 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China, braço financeiro do governo chinês.
05 de abril de 2015
diario do poder
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