- A pressão para a saída de Graça Foster da presidência da Petrobras era muito grande e a presidente Dilma não teve como manter sua amiga no cargo. Passou a haver grande expectativa sobre quem a substituiria. Mais de dez convites foram recusados. Então, veio a surpresa com a indicação do então presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, ligado a Lula e ao ex-ministro Guido Mantega e, logicamente, a Dilma;
- Houve uma forte reação do mercado com a cotação das ações da empresa sofrendo grande queda na Bolsa. Surgiram críticas de todos os lados. Até no exterior aconteceu o mesmo. Para piorar, o nome de Bendine vazou na imprensa antes da reunião do Conselho de Administração da Petrobras, ao qual caberia a efetivação do nome do novo presidente da estatal. Isso desagradou a vários conselheiros;
- O fato, no entanto, traz um claro recado de Dilma Rousseff. Ela diz que pouco está se preocupando com a recuperação da Petrobras, mas sim com a manutenção do controle político sobre ela. Para o Governo, as revelações dos depoimentos na Operação Lava-Jato sobre os bilionários pagamentos de propinas são peças de ficção;
- Seria um deboche a indicação de Bendine mesmo sabendo-se do depoimento de um ex-motorista do ex-presidente de BB ao Ministério Público Federal dizendo que viu seu patrão carregando sacolas de dinheiro indo para encontros com empresários, alguns deles envolvidos com o "Petrolão". Junte-se a isso a investigação que ele sofre por causa de um empréstimo irregular de quase R$ 3 milhões a uma amiga empresária que estava em debito com o banco;
- Quem acredita na mudança de critérios na forma de administração da Petrobras com o novo presidente? Se alguém crê nisso, certamente está aguardando com ansiedade a chegada do Coelhinho da Páscoa e já separou o sapato para colocar na janela no Natal à espera de Papai Noel.
11 de fevereiro de 2015
in ponto & vírgula
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