"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

MINISTRO PEPE VARGAS CONTINUA TENTANDO RECOMPOR A BASE ALIADA




O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, afirmou que o governo vai fazer reuniões com bancadas ou blocos partidários para tentar aprovar no Congresso o ajuste fiscal. “Nesta quarta-feira mesmo temos uma primeira reunião com bloco partidário no Senado incluindo, PT, PDT e PCdoB. para que haja um nivelamento de informações para que os senadores e deputados possam ter conhecimento mais aprofundado da matéria e, inclusive, dialogarem sobre como eles vêm essas questões, além de eventuais propostas”, disse.

Mas na realidade, a base aliada segue fragmentada. Horas depois de a cúpula do PMDB confirmar apoio ao governo nas votações importantes sobre o ajuste fiscal no Congresso nos próximos dias, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a coalizão do governo Dilma Rousseff é “capenga”. O senador confirmou ainda que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, avisou que o corte nas despesas orçamentárias será de R$ 80 bilhões.

“Essa coalizão é capenga, porque o PMDB, que é o maior partido, do ponto de vista da coalizão não cumpre o seu papel. Você não pode ter um governo de um partido hegemônico, ter um partido que é o maior partido do Congresso Nacional como parte da coalizão sem que ele tenha papel na definição das políticas públicas. Então é preciso aprofundar o ajuste, o setor público tem que pagar também uma parte da conta. Não dá para transferir essa conta para a sociedade”, disse Renan Calheiros.

ESPAÇO NAS DECISÕES

O presidente do Senado deixou claro que o PMDB quer espaço nas decisões de governo. “O PMDB quer dar um fundamento à coalizão, quer participar da definição das políticas públicas. Espaço o PMDB tem demais (na política), mas não é isso que aprimora, que dá fundamento à coalizão. O que dá fundamento à coalizão é você ter começo, meio e fim para o ajuste, para a produtividade, para antever as etapas. Eu acho que o papel do PMDB nessa hora é sobretudo formatar isso”, disse.

Ele acrescentou: “Temos buracos em vários setores e é importante aproveitar a circunstância, a oportunidade e a dificuldade para construirmos um melhor modelo de coalizão política para o governo. O PMDB, que é o maior partido, precisa cumprir um papel importante, insubstituível na coalizão e não apenas ser chamado nessas horas para fazer ajustes que não tem nem começo, nem meio e nem fim.”

JUCÁ CRITICA

O relator do projeto de lei do Orçamento para 2015, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que “o PMDB não será o carimbador do processo. O PMDB não quer ser passageiro e sim tripulante”. Anunciou que a votação do seu parecer deve acontecer apenas na próxima semana para que os novos parlamentares tenham mais tempo para apresentar as emendas para serem executadas neste ano.

O prazo inicial para a apresentação das emendas expirou às 20h de terça-feira. Agora, os deputados e senadores poderão apresentar as indicações até a sexta-feira, e elas serão incluídas no parecer final.

25 de fevereiro de 2015
Deu em O Tempo

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