"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

PETROBRAS TEM MARGEM PARA BAIXAR EM MAIS DE 30% PREÇO DO DIESEL E GASOLINA


 
(Valor Econômico, hoje) A defasagem entre os preços externos e internos da gasolina e do diesel está favorável à Petrobras entre 30% e 40%, dependendo da fonte consultada. Nos últimos seis anos, a situação era a inversa: a Petrobras vendia diesel e gasolina no mercado interno por um preço mais baixo do que o pago no exterior, o que provocou grandes perdas para a estatal. A virada se deu em razão da baixa espetacular dos preços do petróleo no mercado internacional, que ontem caíram para US$ 51,10 o barril (Brent).

Se a cotações permanecerem no nível atual, segundo analistas, a Petrobras pode recuperar até o fim do ano tudo o que perdeu nos últimos seis anos. As estimativas indicam que, só de 2011 a 2014, os prejuízos somaram R$ 59 bilhões. Sob orientação da nova equipe econômica, a estatal também poderá reduzir os preços internos da gasolina e do diesel para ajudar no combate à inflação.
Uma fonte da companhia ouvida ontem pelo Valor informou que não foi tomada nenhuma decisão nesse sentido, contrariando informações que circularam no mercado e provocaram queda de 3,25% nas ações PN da estatal.

A defasagem calculada por consultores com os dados do fechamento do mercado ontem - óleo a US$ 47 o barril e o câmbio a R$ 2,70 - apontava para o litro da gasolina no mercado externo a um preço 35,7% menor que o das refinarias da Petrobras no país e o litro do diesel, 31,2% mais barato.

O cenário para a Petrobras começou a virar em julho. Segundo analistas, naquele mês a estatal vendia o litro da gasolina a R$ 1,39, enquanto pagava R$ 1,60 para importar. No diesel, cobrava R$ 1,61 o litro, pelo qual pagava R$ 1,67. Em dezembro, o quadro já era outro. Com o barril do tipo WTI a uma média de US$ 60 e o dólar a R$ 2,64, o litro da gasolina no Golfo do México custava R$ 1,00, enquanto a empresa vendia a R$ 1,43 nas refinarias brasileiras. O diesel era importado a R$ 1,22 o litro e vendido a R$ 1,72.

7 de janeiro de 2015
in coroneLeaks

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